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A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, encerrou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 186,2 milhões, ante lucro líquido de R$ 114 milhões em igual intervalo de 2023. Na mesma comparação, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da empresa cresceu 18,2%, para R$ 628,9 milhões, e sua receita aumentou 12,6%, para R$ 7,187 bilhões. A geração de caixa livre da companhia alcançou R$ 367,2 milhões.
De acordo com a Minerva, o resultado negativo foi determinado pelo efeito não-caixa da variação cambial. Não fosse por isso, teria havido lucro de R$ 79,8 milhões.
Os abates totais de bovinos da Minerva de janeiro a março registraram incremento de 23,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado e superaram 1 milhão de cabeças. Da receita bruta de R$ 7,69 bilhões (+12,9%), R$ 4,477 bilhões vieram das exportações a partir dos países em que a empresa atua (Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Austrália), com alta de 5,1%, e R$ 3,214 bilhões das vendas nos mercados domésticos, com crescimento de 26,1%.
Segundo a companhia, sua alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 2,8 vezes no fim de março, ajustada pelo Ebitda pró-forma de BPU Meat (empresa adquirida no Uruguai) e também pela parcela de R$ 1,5 bilhão já desembolsada pela aquisição de ativos da Marfrig no Brasil, na Argentina, no Uruguai e no Chile. A transação ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).