Minério de ferro sobe com produção de aço mais forte superando dados fracos da China

Contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Dalian (DCE) encerrou as negociações com alta de 1,08%

Reuters

Caminhões transportam minério de ferro na mina Vale em Parauapebas, no Pará, Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)
Caminhões transportam minério de ferro na mina Vale em Parauapebas, no Pará, Brasil (Dado Galdieri/Bloomberg)

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CINGAPURA (Reuters) – Os preços dos contratos futuros de minério de ferro se fortaleceram nesta quarta-feira pela terceira sessão consecutiva, com a produção de aço firme compensando uma série de dados econômicos mais fracos na China, principal mercado consumidor de minério.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,08%, a 792,0 iuanes (109,19 dólares) a tonelada.
O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura subia 1,11%, a 103,7 dólares a tonelada.
“Os mercados de minério de ferro mantiveram-se novamente acima dos 100 dólares, com o aumento da produção de aço chinesa sustentando os preços”, disseram analistas do Westpac em nota.
A produção de aço da China permanece bem acima das taxas médias para esta época do ano, tendo aumentado 9,5% nas últimas três semanas em relação à média do mesmo período nos três anos anteriores, disse o Westpac, citando dados da Associação de Ferro e Aço da China.
A China é tanto o maior consumidor quanto o maior produtor mundial do metal.
Ainda assim, os lucros industriais do país caíram novamente em outubro.
A demanda continua fraca na economia chinesa, atingida pela crise, com os preços ao consumidor alcançando uma mínima de quatro meses, enquanto a produção industrial segue apresentando tendência de queda e os preços das casas novas em outubro caíram no ritmo mais rápido em nove anos.
Enquanto isso, a imprensa estatal chinesa advertiu o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que a promessa de impor tarifas adicionais sobre as importações chinesas poderia arrastar as duas maiores economias do mundo para uma guerra tarifária mutuamente destrutiva.