Minério de ferro recua por produção de metais, mas deve fechar semana com alta

Contratos caminham para segunda alta semanal consecutiva, mesmo com recuo por queda na produção de metais quentes

Reuters

Raw ore at an open-pit mine in California.
Raw ore at an open-pit mine in California.

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Os preços dos contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira, pressionados pela retração persistente da demanda de curto prazo e pelo aumento dos estoques na China, mas em base semanal caminhavam para uma segunda alta consecutiva.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,53%, a 754 iuanes (US$ 106,33) a tonelada.

O minério de ferro de referência de outubro na Bolsa de Cingapura recuou 1,03%, para US$ 101,15 a tonelada, permanecendo bem acima do nível psicológico de 100 dólares por cinco sessões consecutivas.

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“Os riscos permaneceram inclinados para o lado negativo no curto prazo; as exportações de aço da China podem ficar sob ameaça com o aumento das tensões com os parceiros comerciais”, disseram analistas do ANZ em uma nota, prevendo um preço de 90 a 100 dólares por tonelada para o restante de 2024.

A Nippon Steel e outras siderúrgicas japonesas estão pedindo a Tóquio que considere a possibilidade de restringir as importações baratas da China.

No entanto, ambos os índices de referência para o principal ingrediente de fabricação de aço registraram uma segunda semana de ganhos, subindo entre 4% e 5%, respectivamente.

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“Vários fatores contribuíram conjuntamente para essa onda de recuperação dos preços, incluindo a expectativa mais forte de um corte na taxa de juros do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), melhor demanda com a aproximação da temporada de pico de construção e a suspensão da substituição da capacidade do aço”, disse Cao Ying, analista da SDIC Essence Futures.

A produção média diária de metal quente entre as siderúrgicas pesquisadas pela Mysteel caiu pela sexta semana consecutiva, a uma taxa de 1,6%, para cerca de 2,21 milhões de toneladas em 30 de agosto, o menor valor desde meados de março, mostraram dados divulgados pela consultoria.

“As margens do aço melhoraram um pouco e a produção de metais quentes diminuiu o ritmo de queda. Mas acreditamos que o espaço para recuperação será limitado, considerando que o mercado continua com excesso de oferta”, acrescentou Cao.