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PEQUIM (Reuters) – Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira, conforme a divulgação de uma série de dados imobiliários da China aumentou as preocupações com um cenário incerto para a demanda do minério, já obscurecido pela guerra comercial global.
O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,14%, a 778,5 iuanes (US$107,55) a tonelada.
O minério de ferro de referência para abril na Bolsa de Cingapura recuou 2,29%, para US$101,6 a tonelada.
Os preços das novas residências na China caíram em fevereiro, apesar de uma série de estímulos dados pelo governo e promessas de novas medidas, enquanto o início de novas construções medido pela área construída — frequentemente monitorado como um indicador da demanda de aço — diminuiu 29,6%, após uma queda de 23,0% em 2024.
A crescente incerteza sobre o aumento potencial da produção de metal quente, um indicador-chave da demanda de minério de ferro, também tem pesado sobre os preços do ingrediente siderúrgico.
A produção de metal quente deverá mostrar ligeira alta este mês, levando a um acúmulo de estoques no porto nas próximas semanas, disseram analistas da Jinrui Futures em uma nota.
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Siderúrgicas chinesas têm exercitado mais “autodisciplina” na produção até agora neste ano, mesmo diante de lucros relativamente atraentes, disseram uma siderúrgica e um trader, que solicitaram anonimato pois não estão autorizados a falar com a imprensa.
As siderúrgicas da China, o maior produtor e consumidor de aço do mundo, têm enfrentado pressão crescente devido à escalada dos atritos comerciais, principalmente após as novas tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
A produção de aço bruto da China nos dois primeiros meses de 2025 caiu 1,5% em relação ao ano anterior, mostraram dados oficiais nesta segunda-feira.