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A China decepcionou os investidores, fez o minério de ferro cair e levou a uma baixa de ações de mineradoras e siderúrgicas. Os ativos da Vale (VALE3, R$ 60,63, -4,61%), CSN Mineração (CMIN3, R$ 5,85, -5,49%), CSN (CSNA3, R$ 11,75, -4,39%), Usiminas (USIM5, R$ 6,25, -6,02%) registraram forte baixa nesta sexta-feira (8), sendo destaques de baixa do Ibovespa. Gerdau (GGBR4, R$ 20,46, -0,20%) foi a exceção, fechando próxima à estabilidade.
Os investidores que esperavam que a China anunciasse medidas fiscais voltadas para uma economia que se prepara para outra Presidência de Donald Trump nos Estados Unidos ficaram desapontados.
O principal órgão legislativo da China, o comitê permanente do Congresso Nacional do Povo, fez o que era esperado, aprovando projetos de lei para permitir que os governos locais aloquem 10 trilhões de iuanes (1,40 trilhão de dólares) para reduzir a dívida fora do balanço, ou “oculta”.
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Mas investidores haviam construído sua expectativa em torno do momento do encontro e da vitória de Trump apenas alguns dias antes e, portanto, esperavam algo especial para evitar outra rodada de tensões sino-americanas e barreiras comerciais.
“Acho que os mercados estão decepcionados, pois havia rumores de que a política poderia ser ampliada se Trump ganhasse a eleição nos EUA”, disse Lynn Song, economista-chefe do ING para a Grande China.
Com isso, os contratos futuros de minério de ferro caíram nesta sexta-feira (8), com os investidores adotando uma postura cautelosa com as medidas e também em meio à queda contínua da demanda.
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O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,65%, a 776 iuanes (108,45 dólares) a tonelada. O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura recuou 2,16%, para 103,25 dólares a tonelada.
(com Reuters)