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SÃO PAULO – Revisando suas expectativas para o mercado de metais, os analistas do Merrill Lynch Bank of America divulgaram na última quarta-feira (5) suas projeções para alumínio, cobre, níquel e zinco.
De maneira geral, o time de especialistas aumentou suas estimativas de preço para 2009 e 2010, com base na perspectiva de que a recuperação da economia mundial está sendo mais rápida do que o esperado pelos analistas.
“O forte aumento nos preços dos metais foi influenciado pela antecipação de que a economia mundial irá se recuperar e que os fundamentos estão melhorando”, escreveram os estrategistas. “Fatores como a elevada demanda chinesa também têm ajudado na recente valorização dos metais”.
Preços maiores
O horizonte de recuperação também influenciou os especialistas em macroeconomia a revisarem suas projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) mundial, que em 2010 deverá expandir em média 3,8%, puxado pelo crescimento de 2,6% da economia dos EUA e de 10,1% do produto da China.
“Os norte-americanos e os chineses são os maiores consumidores de metais e, com o aumento da demanda, os preços devem subir no ano que vem”, sugeriu a instituição. “Para 2010, nós esperamos que o consumo aumente a taxas positivas em todos os metais básicos”, completou o relatório.
As preocupações com a oferta, responsáveis por impulsionar os preços dos metais no passado, apesar de terem perdido importância com a chegada da recessão, devem voltar a chamar a atenção nos próximos meses, quando a retomada da demanda se fizer mais presente.
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“Nós acreditamos que boa parte dos problemas de fornecimento não foram solucionados. A oferta de cobre, por exemplo, ainda é pequena e a previsão é de déficit para 2011. O alumínio é uma das poucas exceções, por contar com uma considerável capacidade excedente de produção”, concluiu o banco.