Como esperado, o Mercado Livre (MELI34), cuja ação é negociada na Nasdaq e que possui BDRs (Brazilian Depositary Receipts, ou recibo de ações) negociados na B3, foi o vencedor da Black Friday . Com registro de vendas fortes sem sacrifício das margens, o nome se destacou no evento.
Nos dois dias do evento, o Volume Bruto de Mercadorias (GMV) da empresa no Brasil subiu 80% em relação ao ano anterior.
“Enxergamos um conjunto amplo de oportunidades, incluindo comércio de estoque próprio (1P), tecnologia financeira (fintech), oportunidades em criptomoedas e empréstimos na Argentina, fidelidade, logística e publicidade”, resume o Bank of América (BofA) no mais recente relatório sobre o nome.
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Os papéis da companhia foram elevados de neutro para recomendação de compra. Para a estimativa, o banco contabilizou o momento operacional mais forte e as expectativas de um dólar mais fraco nas projeções. O banco destacou, ainda, que as áreas da plataforma apresentam considerável vitalidade.
O banco elevou o preço objetivo dos ativos de US$ 1.350 para US$ 2.000, um potencial de alta de 25% frente o fechamento da véspera.
O BofA ainda vê juros mais altos por mais tempo (que impactam outras varejistas) impulsionando a transição para o comércio digital e favorecendo o crescimento 1P, enquanto aperfeiçoamentos nos dados e algoritmos também permitem retomada das operações da fintech.
“Esperamos ainda que o próximo governo da Argentina libere operações com cripto e incentive oportunidades em produtos de ativos e empréstimos. Fidelidade, cupons de lojistas e infraestrutura estão acelerando as taxas de crescimento da plataforma e aumentando a eficiência da entrega. A penetração de anúncios também está pronta para acelerar” apontaram os analistas.