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As ações do Mercado Livre (BDR: MELI34) dispararam nesta sexta-feira, após a gigante do comércio eletrônico divulgar que seu lucro líquido mais do que dobrou no segundo trimestre em relação a mesmo período do ano passado, para US$ 531 milhões, superando as estimativas de analistas.
Os papéis, que são negociados em Nova York, saltaram 10,59%, a US$ 1.776,14, tendo chegado a US$ 1.786,97 na máxima do dia, em uma sexta-feira de fortes quedas nos pregões norte-americanos. O índice Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, perdeu 2,43%.
Com a alta desta sessão, o Mercado Livre, que começou suas atividades na Argentina há 25 anos, atingiu um marco ao ultrapassar a Petrobras (PETR4) e se tornar a maior empresa da América Latina em valor de mercado, de acordo com a consultoria Elos Ayta.
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O valor de mercado do Mercado Libre chegou a US$ 90,04 bilhões (ou R$ 514 bilhões, levando em conta a cotação de R$ 5,709 do fechamento desta sexta-feira), representando um crescimento de US$ 10,59 bilhões (R$ 60,45 bilhões).
O crescimento do Mercado Livre foi impulsionado, em parte, pela valorização do dólar no Brasil em 2024. O dólar valorizou-se 18,4% até o dia 2 de agosto, o mesmo percentual que a Petrobras perdeu em valor de mercado no mesmo período, ressalta a consultoria No final de 2023, a Petrobras valia US$ 102,79 bilhões (R$ 585,9 bilhões), mas em 2 de agosto de 2024, seu valor caiu para US$ 83,192 bilhões (R$ 475 bilhões), uma queda significativa de 19%.
“O Mercado Livre não apenas se estabeleceu como um líder no setor de comércio eletrônico e fintech na América Latina, mas também demonstrou resiliência e capacidade de crescimento em um ambiente econômico volátil. Este marco não apenas celebra os 25 anos de fundação da empresa, mas também destaca sua posição dominante no mercado latino-americano”, ressalta Einar Rivero, diretor da Elos Ayta.
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O resultado da companhia
O Mercado Livre, que atua em 18 países e detém o Mercado Pago, reportou receita de US$ 5,1 bilhões, alta de 42% ano a ano e também acima das projeções de analistas, com destaque para a operação brasileira.
“Este resultado mais uma vez destaca o sólido momento operacional do Mercado Livre e suas fortes perspectivas de longo prazo”, afirmaram os analistas do Itaú BBA liderados por Thiago Macruz, em relatório a clientes, reiterando a recomendação “outperform” (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para a ação, com preço-alvo de US$ 2.151.
“Quando ‘outperfom’ parece adequado”, escreveram analistas do Santander liderados por Ruben Couto no título de relatório, analisando positivamente os números do período de abril a junho e reforçando tal recomendação para os papéis, bem como o preço-alvo de US$ 2.100.
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“Com a fintech a todo vapor, a Argentina se estabilizando, comparações mais fáceis no quarto trimestre de 2024, tudo em meio a potenciais cortes nas taxas de juros dos Estados Unidos, acreditamos que o (papel do) Mercado Libre pode se tornar um alvo principal para a rotação de investidores.”
(com Reuters)
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