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A bolsa brasileira teve no primeiro bimestre do ano um desempenho positivo, principalmente comparado com o fim do ano passado. Neste mês o quadro mudou, mas as expectativas são positivas no médio e longo prazos.
A avaliação é Fernando Ferreira, estrategista-chefe da XP, que participou nesta manhã do programa Morning Call da XP. Ele explica que o que se viu no “rali técnico” do mercado brasileiro em janeiro e no começo de fevereiro, já tem outro quadro hoje.
Médio prazo
“Mais para o final do mês (de fevereiro) e início de março, o mercado global entrou em cenário de maior volatilidade”, ressaltou.
“Mas quando a gente olha para a bolsa brasileira, mais para médio prazo, a gente segue bastante otimista, vendo valor nas ações brasileiras, fundamentos muito sólidos”, destacou.
Ele explica que esse movimento no mercado tem o nome de “cautelosamente otimista”.
Ferreira explica que a volatilidade nesse início de março é fruto da imposição de tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vem promovendo. “O que a gente percebe é que o mercado entrou nesse cenário um pouco mais volátil nos últimos dias e isso tem pesado também nos ativos brasileiros”, destacou.
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O estrategista explicou que a bolsa brasileira subiu cerca de 10% em dólares esse ano, sendo um dos melhores mercados globais, depois da Europa e China.
Rotação regional
“A gente está observando uma rotação regional. Os Estados Unidos, que vinha sendo o grande líder do mercado, subindo 20% por ano, em 2025 está ficando para trás por conta dessas incertezas políticas vindas do novo governo”, afirmou.
“Isso tem dado espaço para investidores olharem para outras regiões. E o Brasil foi o mais beneficiado”, acrescentou.
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Fernando Ferreira vê com bons olhos a bolsa brasileira. “A gente está animada com as perspectivas para 2026, mas com posicionamento em ações mais defensivas, geradoras de caixa, pagadoras de dividendos”, ressaltou. Em relatório, a equipe de estratégia da XP Investimentos seguiu com estimativa de valor justo para o Ibovespa em 145.000 pontos para o final de 2025.
“Não achamos que seja o momento de ataque na bolsa, de comprar ações muito arriscadas, apesar de muitas delas terem subido no mês de janeiro. Preferimos, no entanto, ações de primeira linha, defensiva”, complementou.