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A aversão ao risco deve dar a tônica para o mercado americano amanhã, refletindo atentado contra o ex-presidente dos EUA Donald Trump. Mas ainda é difícil de prever a intensidade, duração e os impactos dessa reação, diante da falta de precedentes. A avaliação é do economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio de Souza Leal.
“Em condições normais, uma situação dessas deveria enfraquecer o dólar, porque foi um tiro no coração da sociedade americana. Mas a aversão ao risco pode fazer com que haja uma corrida para os ativos americanos, que são mais seguros”, ele diz. “Mas a aversão ao risco nos Estados Unidos nunca é boa para países emergentes.”
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Como os mercados devem reagir ao ataque contra Donald Trump
“Sem dúvidas, haverá fluxos em busca de ativos de proteção ao risco já observado na Ásia nas primeiras horas da manhã”, disse Nick Twidale, analista-chefe de mercado da ATFX Global Markets
Trump eleva chances
Para Leal, a primeira consequência óbvia do atentado é um grande aumento na chance de Trump se reeleger. O economista traça um paralelo entre o atentado contra o ex-presidente americano e o ataque contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi alvo de uma facada durante a campanha presidencial de 2018.
A segunda consequência, segundo o analista, é que deve crescer o medo de novos episódios de violência durante as eleições americanas deste ano, diante da polarização nos Estados Unidos. Isso deve sinalizar ao mercado o risco de que o atentado seja apenas a “ponta do iceberg”, alerta Leal.
“Isso veio de onde não se esperava: você esperava que uma atitude violenta pudesse partir dos apoiadores de Trump, como ocorreu na invasão do Capitólio. Mas o atentado mostra que o outro lado – não os democratas, mas os anti-Trump – também estão dispostos a atitudes desesperadas”, afirma.