Méliuz: XP eleva CASH3 a compra e vê potencial de alta de 55%; “bom ponto de entrada”

Com um preço-alvo projetado em R$ 5,20 para o final de 2025, a corretora enxerga um potencial de valorização de 55,2% para as ações da empresa

Felipe Moreira

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A XP Investimentos tornou-se mais otimista em relação ao Méliuz (CASH3), elevando sua recomendação de neutra para compra. Com um preço-alvo projetado em R$ 5,20 para o final de 2025, a corretora enxerga um potencial de valorização de 55,2% para as ações da empresa, que já chegou a valer R$ 9 bilhões e atualmente está avaliada em cerca de R$ 300 milhões.

De modo geral, os analistas acreditam que o valuation atual está excessivamente deprimido, com a capitalização de mercado próxima de sua posição de caixa.

Segundo o relatório, não parece razoável que uma empresa geradora de caixa tenha um patamar de precificação tão baixo.

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Embora reconheça algumas preocupações, a XP vê oportunidades para o futuro da Méliuz, o que poderia aumentar a participação na carteira de parceiros. “Com uma base de clientes substancial de dezenas de milhões de usuários recorrentes, há potencial para inteligência de dados e maior monetização”, completa.

A XP explica que o atual valuation deprimido da Méliuz pode ser atribuído a três fatores principais: primeiro, o negócio principal de cashback perdeu força devido à desaceleração do crescimento do comércio eletrônico brasileiro desde o IPO, e a ausência de uma parceria com o Meli (um dos grandes vencedores do comércio eletrônico brasileiro) limitou ainda mais o potencial de crescimento.

Em segundo lugar, a alocação de capital aquém do ideal gerou preocupações, uma vez que a empresa administrou mal as aquisições, como a Picodi e a Bankly, o que levou a impairments significativos e a uma venda abaixo do custo de aquisição.

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Por fim, a estratégia de oferecer serviços financeiros ainda não se mostrou bem-sucedida, pois a fidelidade ao negócio de cashback não se traduziu na aceitação de produtos financeiros, levando os investidores a adotar expectativas de crescimento mais modestas.

A corretora ainda lembra que o Méliuz realizou duas reduções de capital para resolver preocupações sobre a manutenção de R$ 600 milhões em caixa sem um propósito claro.

Neste cenário, com o valuation atual excessivamente deprimido, com uma capitalização de mercado próxima à sua posição de caixa e sugerindo um valor empresarial próximo de zero, a XP elevou a recomendação para compra,.

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No entanto, se a administração tiver dificuldades para voltar a crescer, a ausência de um acionista controlador poderá tornar a empresa um alvo atraente de aquisição, afirma.

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