Marfrig reverte prejuízo e lucra R$ 186 mi; Cetip, Cielo e mais 11 divulgam balanços

A Cielo viu seu lucro líquido subir 11,9% em um ano, passando para R$ 918,54 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 820,51 milhões no mesmo período de 2014; Cetip teve alta de 20% do lucro

Paula Barra

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do terceiro trimestre continua a todo vapor, com destaque para os resultados de Cielo, Cetip e Marfrig, divulgados entre a noite de quinta-feira e a manhã desta sexta (6). Confira mais balanços:

Cielo (CIEL3)
A companhia de meios de pagamento Cielo viu seu lucro líquido subir 11,9% em um ano, passando para R$ 918,54 milhões no terceiro trimestre, ante R$ 820,51 milhões no mesmo período de 2014. Enquanto isso, a receita líquida avançou 50%, atingindo os R$ 2,92 bilhões, com o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) fechando o período em R$ 1,36 bilhão, com alta de 42%.

Segundo o BTG Pactual, o resultado veio bom e em linha com consenso do mercado. Do lado negativo, o custo desapontou desafiando o guidance e volume de cartão de crédito está mais fraco do que o mercado espera, apesar de ter ganhado em participação de mercado, comentaram os analistas. 

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No terceiro trimestre, o volume financeiro de transações totalizou R$ 137,3 bilhões, representando um acréscimo de 6,6% quando comparado aos R$ 128,8 bilhões no mesmo período em 2014. Já as despesas operacionais aumentaram R$ 63,2 milhões, ou 20,6%, para R$ 369,8 milhões.

Cetip (CTIP3)
A Cetip, maior central depositária e câmara de compensação de títulos privados da América Latina, anunciou na quinta-feira que teve lucro líquido de R$ 130,15 milhões entre julho e setembro, alta de 20% em relação a igual período de 2014.

O número veio levemente acima da previsão média de analistas consultados pela Reuters, de R$ 123 milhões. O desempenho operacional da companhia medido pelo Ebitda foi de R$ 200 milhões, alta de 9,4% sobre um ano antes. Em termos ajustados, o Ebitda ficou em R$ 204 milhões, aumento anual de 9,2%. A previsão média de analistas para esta linha era de R$ 192 milhões.

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Segundo o BTG Pactual, o resultado veio mais forte do que as estimativas, com custos sob controle. O mercado deve receber bem o resultado, com o mix de produtos reforçando resiliência do case (linhas mais fortes compensando mais fracas). 

A margem Ebitda ajustada caiu 6,7 pontos percentuais na mesma comparação, para 65,4%. A receita líquida da companhia foi de R$ 312,3 milhões no trimestre, aumento de 20,4% ante igual etapa de 2014, com destaque para a unidade de títulos, cujo faturamento subiu 23,8%, impulsionada pela prestação de serviços de custódia e pelo aumento do volume de transações.

Marfrig (MRFG3)
A empresa de alimentos Marfrig anunciou nesta sexta-feira que teve lucro líquido de 185,9 milhões de reais no terceiro trimestre, número que se compara a um prejuízo de 303,3 milhões de reais um ano antes.

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O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês), somou 436,4 milhões de reais no período, alta de 40,5 por cento sobre mesma etapa de 2014.

Para o BTG Pactual, a companhia mostrou um bom resultado, com queda nas despesas gerais e administrativas, melhora no capital de giro, possibilitando geração de caixa e queda de alavancagem. Além disso, a companhia também anunciou planos para vender ativos de bovinos na Argentina e Jerky Beef nos Estados Unidos (que representa cerca de 7% do valor de mercado da companhia), o que pode ter uma leitura positiva do mercado, comentaram os analistas do banco. 

Rumo (RUMO3)
A operadora de logística ferroviária Rumo registrou um prejuízo líquido de R$ 43,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo lucro de R$ 68,2 milhões um ano antes – considerando os números combinados com o da ALL, que se uniu com Rumo. Segundo a empresa, o resultado foi afetado por maiores custos e despesas operacionais devido à adoção de novas políticas contábeis e por maiores despesas financeiras, como efeito da alta de juros no período. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 399,4 milhões.

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A receita líquida atingiu R$ 1,36 bilhão, uma alta de 22,2% na base anual, enquanto o volume total transportado atingiu 12,5 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU), 6% superior ao terceiro trimestre de 2014. Por outro lado, os custos avançaram 30%, a R$ 921,4 milhões, e as despesas cresceram 42%, a R$ 95,2 milhões.

Linx (LINX3)
A empresa brasileira de software Linx apresentou uma queda de 25,8% no lucro líquido do terceiro trimestre, chegando a R$ 17,5 milhões. O resultado da companhia foi impactado pelo pagamento de quase R$ 4 milhões em imposto de renda. A receita líquida teve alta de 21,6% no período, chegando a R$ 113,5 milhões, na comparação anual.

Copasa (CSMG3)
O lucro atribuído aos sócios controladores da Companhia de Saneamento de Minas Gerais caiu 90,9% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2014, para R$ 8,9 milhões. No período, a receita de venda de bens e serviços da companhia teve queda de 15%, para R$ 999,5 milhões, enquanto a receita líquida de água e esgoto cresceu 1,2%, para R$ 800 milhões.

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Taesa (TAEE11)
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) terminou o terceiro trimestre do ano com lucro de R$ 159 milhões, queda de 68% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. A queda do lucro acompanhou a variação da receita da companhia, que também teve forte queda, encolhendo 44%, para R$ 348,2 milhões. Já o Ebitda fechou o período em R$ 285,1 milhões, queda de 50,2%.

Comgás (CGAS5)
A distribuidora paulista de gás natural Comgás registrou lucro líquido de R$ 192,3 milhões no terceiro trimestre, numa alta de 24,7% em relação a igual período de 2014, beneficiada por reajuste tarifário e um resultado financeiro positivo. A receita líquida da companhia avançou 6% no trimestre, a R$ 1,74 bilhão, apesar de uma queda de 4,6% no volume de gás faturado no trimestre.

Estácio (ESTC3)
A empresa de educação Estácio teve lucro líquido de R$ 157 milhões no terceiro trimestre, alta de 18% sobre um ano antes, e acima das previsões. A previsão média de analistas consultados pela Reuters era de lucro de R$ 142,8 milhões. O resultado operacional medido pelo Ebitda subiu 23,3%ano a ano e encerrou o trimestre em 202,2 milhões de reais.

Para o BTG Pactual, o resultado veio bom, com alguns pontos de atenção. A captação presencial cresceu 6% na comparação anual, com destaque para alunos ex-Fies (+43% na comparação anual). O ensino à distância também captou bem, acima 20% no ano anterior. Além disso, a diluição de custos de pessoal e aluguel foram melhores do que o esperado, o que levou o Ebitda a vir 4% acima da estimativa do BTG, com margem 2,4 pontos percentuais melhor. Do lado negativo, o ticket médio no presencial e ensino à distância vieram abaixo do projetado, desacelerando e mostrando que o desconto da captação pode estar sendo relevante. No geral, no entanto, a mensagem final é de um resultado bom, mas com tendência de piora nessas variáveis, o que poderia pressionar o papel no curto prazo. 

No trimestre, a base de alunos de graduação presencial subiu 13,6 por cento, com avanço de 2,8 por cento da mensalidade média. No ensino a distância, a base, também de graduação subiu 8,5 por cento, mas a mensalidade média caiu 3,1 por cento. A receita líquida subiu 16 por cento ano a ano, para 724,6 milhões de reais. A despesa comercial, geral e administrativa subiu 15,1 por cento. A provisão para devedores duvidosos subiu 62,6 por cento, a 18,7 milhões de reais.

ABC Brasil (ABCB4)
O Banco ABC Brasil registrou um  lucro líquido recorrente de R$ 95,9 milhões no terceiro trimestre de 2015, apresentando aumento de 6,4% em relação ao trimestre anterior (R$ 90,1 milhões) e de 14,0% em relação ao mesmo período de 2014 (R$ 84,1 milhões). 

O ROAE (Retorno Anualizado Sobre o Patrimônio Líquido recorrente) atingiu 16,2% ao ano no terceiro trimestre de 2015, apresentando crescimento de 0,6 p.p. em relação ao trimestre anterior (15,6% ao ano) e estável em relação ao mesmo período de 2014 (16,2% ao ano). 

Daycoval (DAYC4)
O Banco Daycoval registrou no terceiro trimestre deste ano lucro líquido recorrente de R$ 101,6 milhões, montante 43,9% superior ao igual período do ano passado. No acumulado dos nove meses, o Lucro Líquido Recorrente chegou a R$ 263,6 milhões, incremento de 26,8% comparado ao mesmo período do ano passado.

O Patrimônio Líquido fechou o terceiro trimestre com R$ 2,6 bilhões, montante 7,4% acima do registrado em igual período de 2014. Já o ROAE ficou em 12,8% no trimestre, alta de 0,2 ponto percentual em relação ao segundo trimestre. A Margem Financeira Líquida (NIM-AR) foi de 11,8% no trimestre. 

Iochpe Maxion (MYPK3)
A Iochpe Maxion registrou queda de 53% no seu lucro líquido no terceiro trimestre na base de comparação anual, para R$ 2,43 milhões. Já a receita líquida subiu 20%, para R$ 1,79 bilhão, enquanto o Ebitda subiu 22%, para R$ 204, 7 milhões.  

Tegma (TGMA3)
A operadora logística Tegma reverteu prejuízo líquido de R$ 27,7 milhões de um ano antes e somou um lucro líquido de R$ 5,1 milhões no terceiro trimestre. No ano passado, a companhia teve um efeito negativo de R$ 51,3 milhões relacionado a operações descontinuadas.

Por outro lado, a Tegma teve uma queda de 23,3% na receita líquida, que somou R$ 275,4 milhões, principalmente por conta da queda de 27,9% na receita da divisão de logística automotiva. O Ebitda ajustado caiu 55,3%, a R$ 22,6 milhões.

Aliansce (ALSC3)
A Aliansce registrou um lucro líquido 16,1% maior no terceiro trimestre deste ano, para R$ 117,8 milhões, enquanto a reeita líquida caiu 
13,7%, para R$ 94,4 milhões.

As receitas operacionais cresceram 87%, enquanto as vendas totais dos shoppings tiveram queda de 3,5%. Já as vendas nas mesmas lojas caíram 4,2%. . A inadimplência líquida do portfólio foi de 4%, aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao segundo trimestre.

(Com Reuters)

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