Marfrig (MRFG3) indica chapa para conselho da BRF (BRFS3), com Molina na presidência e Rial entre os membros

Os nomes serão enviados para serem votados na reunião da assembleia da BRF, marcada para 28 de março

Equipe InfoMoney

Planta da BRF (Divulgação)
Planta da BRF (Divulgação)

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A Marfrig (MRFG3) indicou sua chapa para o conselho de administração da BRF (BRFS3), que foi aprovada pelos atuais conselheiros da companhia de alimentos.

Marcos Molina, fundador da Marfrig, foi indicado como presidente. Entre os demais membros, estão Sergio Rial, ex-CEO do Santander Brasil (SANB11) e atual chairman do banco como vice-presidente do Conselho; Márcia Marçal dos Santos, esposa de Molina; Altamir Batista da Silva, ex-banqueiro do JP Morgan e do Safra; Oscar Bernardes, membro do conselho da Mosaic, empresa de fertilizantes.

Outros indicados são Pedro de Camargo Neto, produtor rural que comandou a antiga Abipecs (associação de exportadores de carne suína), Deborah Vieitas, CEO da Amcham e conselheira do Santander, e Eduardo Pocetti, que faz parte do conselho fiscal da Marfrig.

Dois conselheiros atuais da BRF seguem na chapa: Augusto Cruz, ex-CEO do Pão de Açúcar (PCAR3), e Flávia Bittencourt, presidente da Adidas.

Os nomes serão enviados para serem votados na reunião da assembleia da BRF, marcada para 28 de março.

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Se a chapa for aprovada, pela primeira vez desde que a Attilio Fontana fundou a Sadia em 1944, no município de Concórdia (SC), não haveria um membro indicado por sua família no conselho da BRF.

Nesse mesmo cenário, não haveria um conselheiro indicado pelos fundos de pensão Previ e Petros, que por anos comandaram a Perdigão, fundada também em Santa Catarina em 1934 pela família Brandalise e vendida em 1994 a esses fundos.

É possível que os fundos, que detêm hoje cerca de 11% do capital da BRF (Previ tem 6,13% e Petros tem 5,26%), se unam para pleitear o voto múltiplo e, com isso, consigam indicar um conselheiro. Mas há ceticismo em relação a isso.

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Empresas passam por mudanças de controle e de posicionamento de mercado ao longo dos anos, marcas fortes sucumbem à concorrência, mas poucas vivenciaram um processo tão conturbado como a Sadia, que, incorporada a sua principal concorrente, a Perdigão, deu origem em 2011 à BRF, agora prestes a passar às mãos de Marcos Molina.

Os herdeiros da família Fontana são hoje mais de 80 acionistas que, juntos, não devem deter mais que 3% do capital votante da BRF, pelas estimativas do mercado.

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