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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre entra em uma semana decisiva, se aproximando do fim, e com isso aumenta a quantidade de balanços por dia. Na noite desta segunda-feira (7), chamam atenção os números da Marcopolo e da M. Dias Branco, enquanto a Natura anunciou a captação de R$ 3,7 bilhões em notas promissórias. Confira os destaques:
Restoque (LLIS3)
A Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc e Dudalina, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 8,26 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 12,79 milhões registrado um ano antes. Já a receita líquida da companhia teve uma alta de 20,5%, passando de R$ 283,08 milhões para R$ 341,10 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) consolidado, por sua vez, avançou 45,2%, saindo de R$ 62,05 milhões no segundo trimestre de 2016 para atuais R$ 90,11 milhões, com a margem Ebitda subindo de 21,9% para 26,4%.
Segundo a companhia, foi o maior valor de faturamento trimestral e o maior EBITDA trimestral de sua história. Durante o primeiro semestre, foram
fechadas 26 lojas (que passaram de 327 para 301) e foram reduzidas 277 posições na área administrativa, representando uma redução de 35%, disse a Restoque.
Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 22,2 milhões, uma queda de 48,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os fatores que pressionaram o resultado está o aumento de despesas com vendas (+20,5%), gerais e administrativas (+5,35%), além do reconhecimento de R$ 10,6 milhões em outras despesas operacionais.
Enquanto isso, a receita líquida da companhia subiu 19,5%, passando de R$ 619,7 milhões para R$ 740,9 milhões em um ano. Já o Ebitda avançou 2,8%, para R$ 47,4 milhões.
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M. Dias Branco (MDIA3)
A empresa de alimentos M. Dias Branco obteve lucro líquido de R$ 199,4 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 8,3% ante os R$ 184,1 milhões registrados em igual período do ano passado, informou a companhia nesta segunda-feira, 4. O Ebitda avançou 7% na mesma comparação, para R$ 247,7 milhões.
Já a receita líquida cresceu 3,7% no segundo trimestre, para R$ 1,375 bilhão. Esse resultado refletiu um aumento de 2,5% dos volumes e de 1% do preço médio de venda.
Segundo a companhia, o desempenho no período foi marcado pela recuperação do crescimento dos volumes de vendas nas principais linhas de produtos (biscoitos e massas). Essa melhora, disse a M. Dias Branco, é “consequência principalmente das campanhas comerciais e de marketing realizadas no período e da readequação dos preços através de descontos e bonificações”.
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Sonae Sierra (SSBR3)
A Sonae Sierra registrou lucro líquido de R$ 54,6 milhões no segundo trimestre de 2017. O montante é 13 vezes maior que o resultado do mesmo período do ano passado, que foi de R$ 3,9 milhões. O crescimento também foi visto no acumulado do primeiro semestre, quando o lucro (atribuível aos acionistas) atingiu R$ 72,23 milhões, 3,2 vezes maior do que em igual intervalo do ano anterior.
O Ebitda somou R$ 61,3 milhões no segundo trimestre, avanço de 15,5% na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu 5,1 pontos, para 69,6%. No semestre, o Ebitda totalizou R$ 120,8 milhões, expansão de 3,1%.
A companhia também apresentou lucro operacional medido pelo FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) de R$ 41,5 milhões no segundo trimestre, crescimento de 33,6%. No semestre, o FFO chegou a R$ 76,9 milhões, alta de 16,2%.
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A receita líquida totalizou R$ 88,1 milhões no segundo trimestre, um aumento de 7,0%. No semestre, a receita atingiu R$ 173,2 milhões, alta de 4,4%.
A Sonae Sierra Brasil atribuiu a melhora da lucratividade ao melhor desempenho de todos os shoppings, marcados pelo aumento das vendas de lojistas e menores concessões de descontos, além de menores custos operacionais e despesas financeiras.
Natura (NATU3)
A Natura informou que seu conselho de administração aprovou a captação de R$ 3,7 bilhões em notas promissórias com prazo de 180 dias para pagar a compra de The Body Shop. Os papéis embutirão oferta de rentabilidade ao investidor equivalente a 108% do CDI, informou a companhia.
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A Natura fechou a compra da britânica The Body Shop pelo equivalente a 1 bilhão de euros, operação que já recebeu aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no mês passado.