Marcopolo vê lucro cair quase 50%; Restoque reverte prejuízo e mais resultados no radar

Confira os principais destaques do noticiário corporativo da noite desta segunda-feira (7)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A temporada de resultados do segundo trimestre entra em uma semana decisiva, se aproximando do fim, e com isso aumenta a quantidade de balanços por dia. Na noite desta segunda-feira (7), chamam atenção os números da Marcopolo e da M. Dias Branco, enquanto a Natura anunciou a captação de R$ 3,7 bilhões em notas promissórias. Confira os destaques:

Restoque (LLIS3)
A Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc e Dudalina, encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 8,26 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 12,79 milhões registrado um ano antes. Já a receita líquida da companhia teve uma alta de 20,5%, passando de R$ 283,08 milhões para R$ 341,10 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) consolidado, por sua vez, avançou 45,2%, saindo de R$ 62,05 milhões no segundo trimestre de 2016 para atuais R$ 90,11 milhões, com a margem Ebitda subindo de 21,9% para 26,4%.

Segundo a companhia, foi o maior valor de faturamento trimestral e o maior EBITDA trimestral de sua história. Durante o primeiro semestre, foram
fechadas 26 lojas (que passaram de 327 para 301) e foram reduzidas 277 posições na área administrativa, representando uma redução de 35%, disse a Restoque.

Marcopolo (POMO4)
A Marcopolo fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 22,2 milhões, uma queda de 48,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre os fatores que pressionaram o resultado está o aumento de despesas com vendas (+20,5%), gerais e administrativas (+5,35%), além do reconhecimento de R$ 10,6 milhões em outras despesas operacionais.

Enquanto isso, a receita líquida da companhia subiu 19,5%, passando de R$ 619,7 milhões para R$ 740,9 milhões em um ano. Já o Ebitda avançou 2,8%, para R$ 47,4 milhões.

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M. Dias Branco (MDIA3)
A empresa de alimentos M. Dias Branco obteve lucro líquido de R$ 199,4 milhões no segundo trimestre deste ano, aumento de 8,3% ante os R$ 184,1 milhões registrados em igual período do ano passado, informou a companhia nesta segunda-feira, 4. O Ebitda avançou 7% na mesma comparação, para R$ 247,7 milhões.

Já a receita líquida cresceu 3,7% no segundo trimestre, para R$ 1,375 bilhão. Esse resultado refletiu um aumento de 2,5% dos volumes e de 1% do preço médio de venda.

Segundo a companhia, o desempenho no período foi marcado pela recuperação do crescimento dos volumes de vendas nas principais linhas de produtos (biscoitos e massas). Essa melhora, disse a M. Dias Branco, é “consequência principalmente das campanhas comerciais e de marketing realizadas no período e da readequação dos preços através de descontos e bonificações”.

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Sonae Sierra (SSBR3)
A Sonae Sierra registrou lucro líquido de R$ 54,6 milhões no segundo trimestre de 2017. O montante é 13 vezes maior que o resultado do mesmo período do ano passado, que foi de R$ 3,9 milhões. O crescimento também foi visto no acumulado do primeiro semestre, quando o lucro (atribuível aos acionistas) atingiu R$ 72,23 milhões, 3,2 vezes maior do que em igual intervalo do ano anterior.

O Ebitda somou R$ 61,3 milhões no segundo trimestre, avanço de 15,5% na mesma base de comparação. A margem Ebitda cresceu 5,1 pontos, para 69,6%. No semestre, o Ebitda totalizou R$ 120,8 milhões, expansão de 3,1%.

A companhia também apresentou lucro operacional medido pelo FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) de R$ 41,5 milhões no segundo trimestre, crescimento de 33,6%. No semestre, o FFO chegou a R$ 76,9 milhões, alta de 16,2%.

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A receita líquida totalizou R$ 88,1 milhões no segundo trimestre, um aumento de 7,0%. No semestre, a receita atingiu R$ 173,2 milhões, alta de 4,4%.

A Sonae Sierra Brasil atribuiu a melhora da lucratividade ao melhor desempenho de todos os shoppings, marcados pelo aumento das vendas de lojistas e menores concessões de descontos, além de menores custos operacionais e despesas financeiras.

Natura (NATU3)
A Natura informou que seu conselho de administração aprovou a captação de R$ 3,7 bilhões em notas promissórias com prazo de 180 dias para pagar a compra de The Body Shop. Os papéis embutirão oferta de rentabilidade ao investidor equivalente a 108% do CDI, informou a companhia.

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A Natura fechou a compra da britânica The Body Shop pelo equivalente a 1 bilhão de euros, operação que já recebeu aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no mês passado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.