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O Bradesco BBI fez um levantamento para entender as expectativas do mercado para a temporada de resultados do quarto trimestre de 2022 (4T22) entre os nomes do setor de bens de capital.
Aproximadamente 42% dos entrevistados esperam que a Marcopolo (POMO4) reporte os melhores resultados no 4T22, o que também está em linha com a visão do banco para setor, e semelhante aos resultados do 3T22, quando o buy side também esperava que a empresa registrasse outperform (desempenho acima média).
O time de research do banco também acredita que a Marcopolo continuará tendo melhorias de margem, impulsionadas pelos fortes volumes de carrocerias, um mix melhor e entregas para o último leilão do governo federal “Caminhos da Escola” com um preço médio 43% maior em relação ao último leilão.
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Em seguida aparece a WEG (WEGE3), com 26% dos entrevistados vendo a fabricante motores elétricos como destaque positivo no 4T22. Já o BBI aponta que, embora tenha uma visão construtiva sobre a empresa, acredita que os resultados do 4T22 devem mostrar uma pequena contração da margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita líquida) de 0,3 ponto percentual (p.p.) na base na trimestral para 19,5% e uma desaceleração no crescimento da receita para 24% na base anual.
As empresas Tupy (TUPY3) e Embraer (EMBR3) também apareceram entre os destaques positivos esperadas, ambas com 16% das indicações.
A equipe de análise do BBI espera que a Embraer atinja o limite inferior do seu guidance de receita para 2022 de US$ 4,5 bilhões a US$ 5 bilhões, implicando em receita de US$ 1,95 bilhão no 4T22, embora isso pareça já estar precificado no preço das ações.
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Confira o calendário de resultados do 4º trimestre de 2022 da Bolsa brasileira
Por outro lado, 47% dos entrevistados esperam que a Iochpe Maxion ([ativo=MKPK3]) reporte resultados decepcionantes, seguida por Randon (RAPT3;32%) e Mahle Metal Leve (LEVE3;21%).
No entanto, segundo analistas, os resultados da Iochpe Maxion no 4T22 devem confirmar um ponto de inflexão, com margem bruta de 8,5%, alta de 0,7 p.p. no trimestre, apesar das pressões de custo dos altos preços de matérias-primas e energia, bem como do ataque cibernético em dezembro de 2022.
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Por fim, BBI espera expansão da margem bruta da empresa nos próximos trimestres, o que, quando combinado com a produção de veículos novos melhor do que o esperado nos EUA e na Europa, deve reduzir a percepção de risco para o papel.
