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O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria desistido de ocupar o cargo de diretor executivo da Vale (VALE3) nesta sexta-feira (26), segundo informações do jornal Folha de S. Paulo.
As ações ordinárias da Vale fecharam o pregão com ganhos de 1,67%, a R$ 69,50, com os ganhos registrando aceleração após a notícia. No ano, contudo, a baixa acumulada ainda é de cerca de 10%.
Já segundo a coluna de Ana Flor, no G1, a assessoria do Palácio do Planalto afirmou que a reunião para tratar do tema foi cancelada. Nesta sexta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha tratado sobre a indicação do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o comando da Vale. Segundo o ministro, o chefe do Executivo nunca iria se dispor a fazer interferência direta em uma empresa de capital aberto.
Nos últimos dias, a mineradora esteve sob pressão. As notícias eram de que membros do conselho da companhia estavam sendo pressionados por autoridades próximas ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a indicar Mantega ao principal posto.
O atual CEO da Vale, Eduardo Bartolomeo, tem contrato em vigor até 31 de maio. Pelas regras do estatuto, o executivo deve ser comunicado com quatro meses de antecedência se terá seu mandato renovado ou se o conselho decidiu abrir o processo de contratação de um novo presidente — prazo que se encerra na quarta-feira (31). De acordo com o Globo, o conselho da empresa deve se reunir entre amanhã (26) e terça-feira (30) para discutir o futuro de Bartolomeo.
Na quarta, foi noticiado pelo mesmo jornal que Alexandre Silveira (PSD) telefonou para conselheiros da empresa para defender a escolha de Mantega. Outros veículos procuraram conselheiros da Vale, que afirmaram a pressão.
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O nome de Mantega não é muito bem quisto por agentes do mercado financeiro, devido a sua atuação durante o mandato de Dilma Rousseff, quando o Brasil enfrentou sua maior recessão histórica.
Nessa quinta, a presidente nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, defendeu a indicação do ex-ministro ao Conselho. “Pouquíssimos brasileiros são tão qualificados quanto Guido Mantega para compor o conselho da Vale, uma empresa estratégica para o país e na qual o governo tem participação e responsabilidades”, afirmou. Ela ainda disse que a companhia é “estratégica para o país” e chamou sua privatização de “danosa”.
Analistas, apesar de terem visto a indicação como pouco provável, vinham alertando que o risco era de o governo usar poderes, como a liberação de licenças ambientais ou maior tributação para repudiar a mineradora.