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(ANSA) – Um grupo de manifestantes favoráveis ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiu nesta quarta-feira (6) o prédio do Congresso americano, onde ocorre a sessão para certificar a vitória eleitoral do democrata Joe Biden.
A reunião, que é apenas um passo formal para a confirmação do nome do vencedor das eleições de 3 de novembro, foi interrompida enquanto os parlamentares da Câmara e do Senado debatiam se acatavam ou não objeções dos aliados do republicano contra os resultados do Arizona.
O vice-presidente Mike Pence foi escoltado e retirado do edifício, segundo a imprensa americana, enquanto que os senadores e deputados foram levados para locais seguros dentro do prédio principal. As autoridades pediram para os parlamentares manterem as máscaras de gás prontas para o uso de gás lacrimogêneo.
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A vice-presidente eleita Kamala Harris está dentro do Congresso, que está em lockdown. De acordo com sua equipe, ela também está em um lugar seguro.
A prefeitura de Washington determinou um toque de recolher a partir das 18h de hoje até às 6h da manhã seguinte para tentar acalmar os ânimos. Os manifestantes entraram em confronto com os policiais americanos no Capitólio, mas os agentes não conseguiram detê-los.
O protesto foi incentivado pelo próprio presidente dos EUA em comício e publicações no Twitter. Em um post na rede social, Trump pediu que seus apoiadores protestassem “pacificamente” e que confiassem nas forças de segurança americanas. Entretanto, pouco tempo antes, foram registrado confrontos e vandalismo.
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Mais cedo, Trump disse a uma multidão de apoiadores em Washington que não vai aceitar a vitória de Biden nas eleições presidenciais de novembro.
“Nós nunca vamos desistir, nunca vamos admitir”, disse Trump aos apoiadores no Ellipse, parque perto da Casa Branca. “Nós vamos parar com o roubo [das eleições]”, insistiu.
Além disso, o republicano voltou a pressionar Pence, que preside a sessão no Congresso, para que não certifique a vitória de Biden — ação que não encontra fundamento constitucional. “Espero que Mike faça a coisa certa. Se ele fizer, venceremos a eleição”, enfatizou.
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No entanto, em comunicado oficial, o vice-presidente afirmou que não tentará impedir a confirmação da vitória porque a “presidência pertence aos americanos” e que ele “não tem poder” para impedir uma certificação presidencial.
“Não creio que os fundadores quisessem conferir ao vice-presidente autoridade unilateral para decidir quais votos deveriam ser contados e quais não”, afirmou Pence sobre a contagem dos votos.
Logo depois, Trump voltou a criticá-lo e ressaltou que Pence “não teve coragem de fazer o que seria necessário para proteger o país e a constituição, dando aos estados a oportunidade de ratificarem os votos corretamente”. “Os EUA pedem a verdade”, escreveu no Twitter. (ANSA)
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