Maior leilão de transmissão em investimentos já realizado tem mais ausências do que possíveis presenças de empresas

Eletrobras (ELET6) e Alupar (ALUP11) estudam participar, mas Cteep (TRPL4), Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4) e Neoenergia (NEOE3) estão fora

Augusto Diniz

Linha de transmissão de energia
27/07/2022 (Foto:
REUTERS/Wolfgang Rattay)
Linha de transmissão de energia 27/07/2022 (Foto: REUTERS/Wolfgang Rattay)

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Empresas de energia com atuação no segmento de transmissão se posicionaram durante as teleconferências de resultados do 3T23 sobre a participação no próximo leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), agendado para 15 de dezembro.

O leilão de transmissão inclui 3 lotes, que somam investimentos totais de R$ 21,7 bilhões – é o maior conjunto de investimentos já realizado em um único leilão desse tipo no país.

Somente o Lote 1 exigirá R$ 18,1 bilhões em investimentos, para a entrega de 1.468 km de linhas de transmissão em corrente contínua, atravessando três estados (Maranhão, Tocantins e Goiás).

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Eletrobras (ELET6) e Alupar (ALUP11) informaram na apresentação de resultados do último trimestre que estudam participar do certame. Já a ISA Cteep (TRPL4), Taesa (TAEE11), Cemig (CMIG4) e Neoenergia (NEOE3) justificaram nas teles do 3T23 os motivos de ficarem de fora do leilão.

Eletrobras (ELET6): Crescimento inorgânico é foco

Ivan Monteiro, CEO da Eletrobras, diz que a empresa tem prioridade nos ativos existentes, mas o crescimento inorgânico é foco.

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“As expansões se darão com a participação em leilões”, afirmou. E estamos nos preparando para o próximo em dezembro”, acrescentou.

Alupar (ALUP11) está de olho

Já José Luiz Godoy, CFO da Alupar, diz que a empresa está de olho. “Em princípio, nossa intenção é tudo que for viável, participar. Mas a gente está olhando sim, tanto um (de dezembro de 2023) como o outro (novo leilão em março 2024)”, ressaltou.

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Isa Cteep (TRPL4): Rigor no crescimento

No último leilão de transmissão realizado no meio desse ano, a Isa Cteep arrematou dois lotes e acabou herdando um terceiro, com alto investimento, após o vencedor ser inabilitado pela Aneel. Isso parece ter mudado os planos da empresa.

“Já comunicamos que não participaremos do leilão agora em dezembro”, disse Rui Chammas, CEO da companhia, complementando, no entanto, que analisam os certamos de 2024.

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“A gente vai continuar sendo rigoroso antes de entrar em qualquer leilão e de tomar posição de novo crescimento”, comentou.

Taesa (TAEE11): Característica não atrai

Fábio Antunes, diretor de Negócios da Taesa, justificou a ausência da empresa do leilão de dezembro dadas as características e o porte do que será ofertado.

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“Para os próximos leilões, a gente vai sempre analisar, estudar de uma forma muito criteriosa, para que possamos nos posicionar de maneira competitiva”, disso.

Segundo o executivo, já se iniciaram, no entanto, as avaliações para participar do leilão de transmissão de março do ano que vem.

Cemig (CMIG4): Lotes não têm sinergia

Thadeu Silva, diretor de Geração e Transmissão da Cemig, foi quem da empresa disse na teleconferência de resultados do 3T23 que a companhia não participará do leilão.

“Os lotes ofertados pela Aneel não têm sinergia com os lotes que temos hoje em operação”, afirmou.

Neoenergia (NEOE3): Não é estratégico

Por fim, Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, explicou que o leilão é muito focado no lote 1 de corrente contínua, “onde não temos sinergias e não é estratégico” para a companhia.

“O nosso foco agora é continuar a entrega dos projetos de transmissão (em desenvolvimento)”, complementou.