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O Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) – maior fundo de Bitcoin (BTC) do mundo – gerou preocupação no mercado depois que sua empresa-irmã, a Genesis Global Capital, disse que sua unidade de empréstimo interromperia as retiradas dos clientes em meio ao colapso da exchange FTX, disse a Bernstein em um relatório divulgado nesta segunda-feira (21).
A situação na Genesis, no entanto, não afeta diretamente o GBTC, segundo a pesquisa. Mesmo que a empresa não consiga levantar liquidez para sua carteira de empréstimos e peça falência, os credores não teriam direito sobre os ativos do GBTC.
A Genesis e a Grayscale Investments, que administra o GBTC, são propriedade do Digital Currency Group (DCG).
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“A estrutura fiduciária do GBTC protege seus detentores e permanece protegida contra falhas dentro do DCG ou das entidades do grupo”, escreveram os analistas Gautam Chhugani e Manas Agrawal.
O mercado está preocupado que a Grayscale possa ser “considerada para opções estratégicas em caso de catástrofe”, disse a Bernstein. Mas o DCG, mesmo no cenário mais adverso, prefere manter a Grayscale em vez da Genesis, disse.
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A Greyscale é o “negócio principal e vaca leiteira” do DCG, gerando cerca de US$ 300 milhões por ano em taxas, de acordo com a Bernstein.
Atualmente, o GBTC é negociado com um enorme desconto de 45% em relação ao valor do Bitcoin subjacente, segundo o relatório, o que significa que os investidores estão presos em um veículo de investimento do qual só podem sair após um período de bloqueio de seis meses e com um desconto significativo.
O GBTC é o maior fundo de BTC e detém mais de US$ 10,5 bilhões na criptomoeda. O DCG e suas afiliadas possuem cerca de 10% de GBTC, acrescentou a pesquisa.