Magazine Luiza vê IA como “pilar importante” em próximo ciclo de expansão

"Vejo oportunidade gigantesca", disse o presidente-executivo, Frederico Trajano

Reuters

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O Magazine Luiza (MGLU3) está se preparando para um novo planejamento estratégico de cinco anos e considera a tecnologia de inteligência artificial um ponto de atenção do grupo para a nova fase prevista para começar em 2026, afirmou o presidente-executivo, Frederico Trajano, nesta sexta-feira.

“Vejo oportunidade gigantesca”, disse o executivo durante conferência com analistas após a publicação do balanço de terceiro trimestre da empresa, que mostrou desempenho acima do esperado pelo mercado.

“O que estou vendo em IA eu já vi outras duas vezes apenas”, disse Trajano, que é presidente do Magazine Luiza desde 2015, se referindo ao advento do comércio eletrônico e do desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis.

Trajano afirmou que o Magazine Luiza conclui no final de 2025 o ciclo de criação de seu ecossistema de negócios, algo que, segundo ele, deixou o grupo mais protegido das oscilações macroeconômicas que incluem o atual movimento de alta dos juros e que foi construído com aquisições de dezenas de empresas e startups.

“Temos a faca e o queijo na mão”, afirmou o executivo, citando a personagem “Lu”, que deve se tornar um “canal de vendas” mais que uma influenciadora digital para a companhia no futuro.

Ainda sobre o próximo ciclo estratégico, Trajano disse que as operações de computação em nuvem do Magazine Luiza “tendem a ser mais significativas”, mas não deu detalhes sobre os investimentos que vislumbra para a operação recém-criada.

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Questionado sobre a estratégia de crescimento da companhia, Trajano disse que em um cenário de juros e impostos mais altos, a empresa não vai sacrificar suas margens para alavancar o crescimento, mas que vai procurar extrair mais ganhos de suas operações atuais.

“Precisamos mostrar que nesse nível de escala a gente consegue ganhar dinheiro”, disse o executivo se referindo às vendas brutas no conceito GMV que devem atingir cerca de 50 bilhões de reais este ano.

“Melhor decisão de longo prazo é concluir esse ciclo estratégico e levar as margens para patamares maiores”, afirmou, citando que o grupo quer tirar mais valor das operações de venda de publicidade a vendedores em sua plataforma e com serviços financeiros.