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O Magazine Luiza (MGLU3) lucrou R$ 27,9 milhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24), revertendo o prejuízo de R$ 391,2 milhões anotado no mesmo período do ano passado.
Em parte, a melhora da última linha do balanço acompanha o avanço de 3,1% das vendas totais na mesma base, chegando a R$ 16,02 bilhões. Já em termos ajustados a varejista saiu de perdas de R$ 309,4 milhões no 1T23 para lucro de R$ 29,8 milhões no 1T24.
Quem puxou o avanço do crescimento entre janeiro e março deste ano na comparação frente a 2023 foram, principalmente, as lojas físicas, cujas vendas subiram 8%, chegando a R$ 5 bilhões. No e-commerce (1P), as vendas digitais de produtos próprios cresceram 1% na mesma base, totalizando R$ 11 bilhões, e no marketplace (3P), onde o Magazine Luiza disponibiliza sua plataforma para terceiros, as vendas também ficaram em cerca de R$ 5 bilhões, com alta de 6%.
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Em entrevista ao InfoMoney, Vanessa Rossini, diretora de relações com investidores do Magalu, explicou que a visão da companhia é de que a ‘demanda está voltando”, mas ainda não necessariamente impulsionada pelo barateamento do crédito. “Esse consumo está acelerando sem o crédito voltar. Estamos ganhando market share. Quando o crédito voltar, devemos ter ainda mais melhoras”, diz.
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A receita bruta da varejista cresceu 1,9% no ano, para R$ 11,5 bilhões, bem como a líquida, que foi de R$ 9,2 bilhões. “Vale destacar o aumento de 10,5% na receita de serviços, com destaque para o crescimento das receitas do marketplace e dos seguros vendidos nas lojas”, explica a companhia no documento publicado na noite desta quinta-feira (9).
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O Magazine Luiza menciona que o avanço dos serviços oferecidos no marketplace ainda foi o principal responsável pelo crescimento das margem bruta, que chegou a 29,9%, ante 27,3% no primeiro tri de 2023. Fora isso, o repasse do Difal de forma gradativa ao longo do último ano também é mencionado como impulsionador da margem.
Magazine Luiza avança em margens – que continuam sendo o foco
Do lado dos gastos, a varejista viu suas despesas operacionais em alta de 3,1% no ano, chegando a R$ 2,08 bilhões. No entanto, a alta acabou diluída frente a maior receita. A margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) subiu de 4,9% para 7,4% e o Ebitda em si avançou 111,3% no ano, para R$ 684,9 milhões. O Ebitda ajustado cresceu 54%, representando R$ 688 milhões.
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A diretora da varejista pontua ainda que o ganho de rentabilidade continua a ser o foco do Magazine Luiza em 2024.
A varejista ainda teve seu balanço beneficiado pelo avanço do seu braço financeiro, com o Luizacred trazendo lucro líquido de R$ 13,4 milhões, revertendo o saldo negativo de um ano antes.
O Magazine Luiza, por fim, registrou um resultado financeiro negativo em R$ 383,4 milhões, número menor do que as perdas de R$ 632,4 milhões do mesmo período de 2023. “As despesas financeiras reduziram 2,9 pontos percentuais devido à evolução do fluxo de caixa das operações, melhoria na estrutura de capital e a redução da taxa de juros, além do aumento proporcional do marketplace nas vendas, uma vez que esse canal apresenta menores despesas financeiras relacionadas”, explica.
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A empresa terminou março com um endividamento líquido de R$ 4,3 bilhões, menor na base anual. Nesse ponto, Vanessa Rossini chama a atenção para a geração de caixa operacional da companhia, de R$ 2,7 bilhões nos últimos 12 meses, e o fluxo de caixa operacional desse trimestre, que foi quase zero, apesar da sazonalidade.
Quanto à tragédia do Rio Grande do Sul, a diretora de relações com investidores do Magazine Luiza mencionou que ainda é cedo para traçar expectativas. A varejista tem cerca de 100 lojas na região das quais seis estão fechadas, frente a um total de mais de 1300 unidades.
“Matematicamente, não me parece algo tão relevante, material. Ainda é muito cedo para falar em menor fluxo nas lojas do Sul. Mas vamos continuar acompanhando para ver os próximos passos”, diz.
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