Magalu e Aliexpress fazem acordo para vender produtos em ambos os marketplaces

O Aliexpress, do grupo chinês Alibaba, passará a vender como seller do marketplace do Magalu (3P), enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu estoque próprio no Aliexpress.

Equipe InfoMoney

Centro de Distribuição (CD do Magazine Luiza em Louveira, no interior de São Paulo, em 09/04/2021 (Foto: Germano Lüders/Divulgação)
Centro de Distribuição (CD do Magazine Luiza em Louveira, no interior de São Paulo, em 09/04/2021 (Foto: Germano Lüders/Divulgação)

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O Magazine Luiza (MGLU3) comunicou nesta segunda-feira que fechou um acordo com a plataforma de marketplace Aliexpress para a listagem e venda de seus produtos em ambos os marketplaces.

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O Aliexpress, do grupo chinês Alibaba, passará a vender como seller do marketplace do Magalu (3P), enquanto a companhia brasileira oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress. O acordo divulgado entre a companhia permitirá que produtos da linha Choice da AliExpress sejam vendidos pela Magalu.
As ações da varejista saltaram mais de 10% na manhã do anúncio.

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Nova taxação acelerou acordo


Apesar de negociações já estarem em curso há alguns meses, Frederico Trajano, CEO da Magalu (MGLU3), afirmou que nova taxação acelerou a assinatura do memorando de entendimento (MoU). “Após nova taxa, ficamos muito confortáveis para acelerar o deal com AliExpress”, afirmou o CEO.

“Vamos lançar, em algum momento, o quanto antes, do terceiro trimestre”, afirma o executivo. Trajano comenta que os produtos serão sujeitos à taxação conforme demais produtos brasileiros, inclusive a nova taxação “das blusinhas” (de compras com valores acima de US$ 50).

“São milhares de itens que vamos disponibilizar na nossa plataforma, dentro do conceito de cauda longa”, comenta Trajano. “Será uma troca bem proporcional e justa”, destaca o CEO, reforçando que, com o tempo, deve haver ampliação do sortimento nas plataformas.

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Briza Bueno, Diretora do AliExpress no Alibaba Group, destacou as trocas de sortimentos entre as companhias. No caso da varejista brasileira, produtos com variedade maior, como segmentos de acessórios de tecnologia e para bebês, por exemplo, serão oferecidos. A companhia chinesa se beneficia da venda de produtos maiores, como geladeiras.

O acordo, segundo Trajano, não está desalinhado com o discurso adotado pela varejista sobre players estrangeiros. “Eu nunca critiquei marketplaces asiáticos”, afirmou. “Eu achava que faltava isonomia mas, com essa taxa que foi aprovada agora, isso acabou”, afirma. Com o novo arranjo, os produtos provenientes da operação cross-border seguirão a taxação conforme indica a legislação brasileira.

“Os pedidos realizados no Magalu serão importados por meio do programa Remessa Conforme, impulsionando a operação cross border da Companhia. Ao mesmo tempo, o Magalu oferecerá produtos do seu estoque próprio na plataforma brasileira do Aliexpress, também complementando o sortimento oferecido por eles”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado, divulgado na manhã desta segunda-feira.

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(com Reuters)