Magalu (MGLU3) tem recomendação elevada a compra pelo Citi, que vê “hora de arriscar”; ação fecha em alta modesta após subir forte

Banco destaca que a competição está mais branda, além de ver cenário mais favorável para o consumo discricionário, mas cenário embute riscos

Equipe InfoMoney

Fonte: ri.magazineluiza.com.br
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O Magazine Luiza (MGLU3) teve a sua recomendação elevada pelo Citi de neutra para compra, enquanto o preço-alvo também foi elevado, de R$ 4,80 para R$ 5, um potencial de valorização de 40,5% frente o fechamento da sessão de quinta-feira (24). Com isso, logo no início da sessão, os papéis MGLU3 chegaram a subir 8,71%, a R$ 3,87, mas amenizaram as altas em meio ao dia negativo do mercado e fecharam com uma modesta valorização de 1,40%, a R$ 3,61.

Em relatório intitulado “Hora de arriscar” (em tradução livre), o banco destaca que a competição está mais branda para a varejista (ou pelo menos está fadada a ficar mais branda). Os analistas do Citi não citaram o nome de Americanas (AMER3), em recuperação judicial após a revelação de um rombo contábil bilionário, mas apontaram que a “crise de crédito de um dos seus maiores competidores” pode fazer com que as vendas totais online do Magalu cresçam até 20% à medida que a empresa conquista uma maior participação do mercado.

Para 2023 e 2024, contudo, as estimativas são mais conservadoras, com projeção de alta de 1,2% e 2% das vendas online, respectivamente, enquanto as vendas totais nas lojas devem cair 1% e 0,9% nesses dois anos.

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O banco também aponta que a companhia elevou as suas taxas de comissão dos vendedores do marketplace (3P) para gerir os custos mais elevados (por exemplo, taxas de juro), melhorando assim a economia de seu negócio.

Também pode-se perceber uma melhora do ambiente para os consumidores gastarem com itens discricionários, com um mercado de trabalho ainda forte e manutenção dos auxílios financeiros pelo governo.

Dito isto, o Citi pondera que as taxas de juros continuam altas e é improvável que caiam no curto prazo, o que não é bom para as varejistas, uma vez que as condições de crédito pioraram claramente para pessoas físicas e jurídicas. Assim, levando em conta o contexto macroeconômico e para a indústria ainda volátil, o banco adicionou um fator de alto risco para a sua recomendação de MGLU3.