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A Fintech Magalu, empresa do grupo Magazine Luiza (MGLU3), começará a oferecer a comercialização de criptomoedas aos seus mais de 37 milhões de clientes por meio do aplicativo MagaluPay, anunciou a empresa nesta sexta-feira (3).
A data de liberação da funcionalidade ainda não foi revelada, mas os três primeiros criptoativos a serem disponibilizados para negociação serão divulgados “em breve”.
“Para muitos desses clientes, esse será o primeiro contato com criptoativos e a oportunidade de iniciar investimentos em moedas digitais, a partir de 1 real”, afirma Leandro Hespanhol, diretor comercial e de novos negócios da Fintech Magalu, em comunicado à imprensa.
O braço financeiro do Magalu é resultado da integração das empresas adquiridas Bit55, Stoq e Hub Fintech. Na frente de produtos voltados a empresas, a Fintech Magalu é responsável, por exemplo, pela operação de pagamento de aplicativos de entrega, caminhoneiros e transportadores de algumas empresas.
Segundo apurado pelo InfoMoney, a iniciativa vinha sendo gestada pelo menos desde meados do ano passado. Após considerar vários players do segmento de exchange white label, a empresa optou por fechar com o Mercado Bitcoin, que fica responsável por intermediar as transações e fazer a custódia dos ativos.
“Não trabalhamos exclusivamente para o ecossistema Magalu. Já somos uma referência na prestação de serviços financeiros para mais de 50 companhias de todos os tamanhos”, afirma Hespanhol. “Estamos confiantes para a nossa entrada nesta parceria com uma plataforma de criptomoedas”.
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Pelo acordo, clientes do MB também terão acesso a um novo cartão pré-pago emitido e processado pela Fintech Magalu, carregado com criptoativos.
O Magalu acompanha um movimento iniciado no ano passado por outras fintechs, como PicPay e Mercado Pago, que também passaram a oferecer compra e venda de ativos digitais. A XP, com a Xtage, além de Nubank e a Mynt, do BTG, também já oferecem comercialização de criptos.
As empresas miram o apetite do brasileiro por inovação e, especificamente, por criptomoedas. Segundo um estudo da Statisa, brasileiros investirão mais em Bitcoin do que em ações em 2023, entre outros motivos, pela nova regulação aprovada no final do ano passado.
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O anúncio da chegada do Magalu ao segmento dos ativos digitais vem em meio a uma semana de perdas para as ações da empresa, com queda acumulada de mais de 15% no período após nova sessão negativa nesta sexta, pouco antes da divulgação de resultados da companhia, marcada para a próxima semana.
O recuo veio apesar da aprovação pelo conselho de administração, na semana passada, de um novo programa de recompra de ações, com a duração prevista para 18 meses. A varejista anunciou que pretende adquirir 40 milhões de papéis a preços de mercado até o fim da nova rodada, prevista para acabar em 24 de agosto de 2024.
Segundo o Magalu, os recursos virão de reservas de lucro ou capital e dos resultados do exercício social em andamento. O momento de compra das ações será definido pela diretoria executiva da companhia.