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(Reuters) – Analistas do Citi cortaram o preço-alvo para as ações da Magazine Luiza (MGLU3) de R$ 18 para R$ 11,50 (ou uma queda de 36%) e reiteraram recomendação “neutra/alto risco” para os papéis, conforme relatório a clientes nesta quarta-feira em que atualizaram previsões para a varejista.
João Pedro Soares e Felipe Reboredo afirmaram reconhecer que a agenda da Magalu para melhorar as margens tem se movido relativamente bem depois que ambas as margens bruta e Ebitda superarem as previsões deles consideravelmente no segundo trimestre.
Também destacaram que as lojas físicas da empresa se recuperaram claramente, enquanto a maior penetração de serviços tem sido um importante impulsionador para a margem bruta.
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“No entanto, vemos um crescimento de médio prazo mais limitado para 1P/3P (plataforma e-commerce) devido ao cenário macro desfavorável para o setor – taxas de juros/altos custos de financiamento – e à concorrência com mercados internacionais – notamos Mercado Livre e Amazon se expandindo para eletrônicos/eletrodomésticos”, afirmaram.
Além disso, os analistas apontaram que as taxas de juros persistentemente elevadas aumentam as despesas financeiras da Magalu e pressionam a previsão do lucro deles para a companhia, que foi reduzida em 28% para 2025, para R$ 516 milhões.
“Vemos a Magalu sendo negociada a 14 vezes o preço sobre o lucro para 2025, o que não é trivialmente exigente, mas parece refletir razoavelmente seu perfil de menor crescimento”, acrescentaram, estimando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 7,5% para o período de 2025 a 2028.
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Para o terceiro trimestre, que terá os números conhecidos no próximo dia 7 de novembro, o Citi calcula lucro líquido ajustado de R$ 46 milhões, com GMV (vendas brutas de mercadorias) total de R$ 15,6 bilhões e margem bruta de 30,9%. Para o Ebitda ajustado, estima R$ 697 milhões, com a margem nessa métrica em 7,9%.
Na véspera, as ações do Magalu fecharam a R$ 9,30, acumulando em 2024 um declínio de quase 57%.