Magalu, CVC, EzTec e Azul: as maiores quedas do Ibovespa nesta 2ª de baixa do mercado

O grande destaque de baixa do Ibovespa fica com o Magazine Luiza, após a alta de sexta-feira

Equipe InfoMoney

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Enquanto a sessão de sexta-feira (2) foi de disparada para as ações do Magazine Luiza (MGLU3) e de construtoras mesmo em um dia de forte baixa para o mercado brasileiro, o pregão desta segunda-feira (5) de queda generalizada dos mercados globais e de baixa de cerca de 1% para o Ibovespa no início da tarde mostra uma “contaminação” maior. Boa parte das ações brasileiras tem baixa, com destaque negativo justamente para as que tiveram desempenho positivo na sessão anterior. O movimento ocorre em meio à aversão a risco global com os temores quanto ao ritmo de desaceleração da economia dos Estados Unidos.

A MGLU3 chegou a ser grande destaque de baixa do Ibovespa, após chegar a cair cerca de 8% mais cedo, com papéis sensíveis a juros sofrendo com o movimento na curva de juros diante ao aumento da aversão a risco global. O índice do setor de consumo ICON perdia 1,66%, enquanto o do setor imobiliário IMOB caía 2,34%. No fechamento, no entanto, se recuperou e encerrou o dia com -0,25%.

Já companhias como a de turismo CVC (CVCB3), a aérea Azul (AZUL4) e a EzTec (EZTC3) apareciam entre as maiores baixas do índice, entre 5% e 7% durante o dia e assim encerraram a sessão. Os papéis fecharam com quedas entre 6% e 2,7%. A maior perda foi da CVC, com -5,94%. A EzTec ficou com -4,24% e a Azul perdeu cerca de 2,7%. Em contraponto, Bradesco (BBDC4) se destaca entre as maiores altas após o resultado do segundo trimestre.

Na avaliação de Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, o momento é de exageros no mercado, o que acaba por distorcer o movimento dos ativos. “É um dia de volatilidade, mas ela tende a perdurar, uma vez que há ainda o movimento vindo da política monetária do Japão, que vem interferindo no dólar, devido à reversão das operações de carry trade”, afirma.

No mercado de juros futuros, no início da tarde, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 fechou com taxa de 10,58%, ante 11,566% do ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2026 projetava 11,21%, contra 11,28%. E a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 11,40%, de 11,49%.

A Ágora Investimentos aponta que o desempenho das bolsas no exterior reflete preocupações dos investidores de que o Federal Reserve poderia estar atrasado no apoio à economia ao não ter reduzido os juros ainda.

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“Isso resultaria em uma desaceleração mais abrupta da economia global — e, todo esse movimento, naturalmente, leva a maior busca por proteção, especialmente entre os títulos dos governos das maiores economias”, acrescentou em nota a clientes.

Em Nova York, o S&P 500 desabou 3%, enquanto o rendimento do título de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 3,7435%, de 3,796% na véspera, sinalizando demanda pelos Treasuries.

Veja o desempenho dos principais destaques de ações:

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(com Reuters e Estadão Conteúdo)