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Mães traders: como elas aliam a difícil tarefa da maternidade com o trading

As traders Mari Damasceno, Juliana Requena, Aryane Oliveira e Pam Semezatto contaram suas experiências durante a Expert XP

Augusto Diniz

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Mesmo num ambiente predominantemente masculino, as mulheres têm conseguido abrir espaço no mercado financeiro. O caminho? Atuar como traders, inclusive se forem mães – agregando, portando, mais uma tarefa à já pesada rotina da maternidade.

Mari Damasceno, Juliana Requena, Aryane Oliveira e Pam Semezatto participaram do painel “Elas em alta: a ascensão das mulheres no mercado de day trade”, que integrou a programação do Arena Trader, durante a Expert XP 2024, realizada nos dias 30 e 31 de agosto, em São Paulo.

Ambiente masculino

“O começo é sempre mais difícil, mas estou acostumada com o ambiente masculino”, afirma Mari Damasceno. Ela ressalta, no entanto, que os mentores do trade que abriram as portas para ela no mercado financeiro eram homens.

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“É muito bom trocar ideias com mulheres” sobre o mercado porque passam por experiências semelhantes, diz ela, que faz trade em paralelo a outro trabalho. “É difícil a exposição nas redes sociais. A gente precisa provar um pouco mais do que está falando”, afirma ela.

A trader tem dois filhos, um de 9 e outro de 7 anos, e diz que maternidade altera muito a vida. “A gente tem qualidade multifacetada, mas uma coisa pode afetar a outra”, continua, reconhecendo que não é fácil operar sem estar preparada. “A gente não controla o mercado”.

Frieza para lidar com as tarefas

Juliana Requena, advogada, dedica um tempo específico do dia para fazer trade. “Vejo que muitas mulheres ficam acanhadas”, diz ela, que tem uma filha de 13 anos, e defende que a “frieza” ajuda bastante no trade quando muitas tarefas se acumulam. “Ter pessoas no seu entorno para seu crescimento no trade é essencial. Isso faz grande diferença”, argumenta ela sobre mulheres não procurarem ajuda para operar no mercado financeiro.

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Dedicação aos filhos à tarde

Aryane Oliveira entrou no mercado em 2018, focada no swing trade, e, em 2020, passou a atuar no day trade. Ela se diz mãe dedicada na parte da tarde do dia aos dois filhos pequenos.

“Eu morei em São Paulo, mas voltei para Goiânia para montar uma família. O day trade permite isso”, afirma.

Ela diz estar acostumada no convívio com os homens por ter cursado engenharia de produção. “Quando vi imersa no mercado financeiro, vi as portas se abrirem e que podia atrair mais mulheres (à atividade)”, ressalta.

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“A gente tem vários pratinhos e não dá para manter o equilíbrio de todos eles”, diz. Ela conta que quando o filho não está bem, o emocional entra em jogo na hora de fazer trade. “É importante saber quando está ou não 100%”, reconhece.

“Comecei a aceitar que não vou equilibrar o prato todos os dias. Se estou com um conjunto de situações, eu não costumo operar”, explica. A trader considera importante a disciplina para estruturar a rotina que se propõe a ter com o trader.

Espaço para a mulher

“Morei na Austrália e na volta procurei o mercado (financeiro). Alcancei o objetivo determinado. Voltei da Austrália para constituir família. O day trade possibilitou isso”, afirma a mais experiente de todas no trade, Pam Semezatto.

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Com um filho de 3 anos, ela conta que no início tinha vergonha em grupos na rede social de se apresentar como mulher, por isso o uso do primeiro nome Pam, mais genérico.

“Tinha vergonha”, afirma. “Mas há muito espaço para mulher [no trade]”, destaca.

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