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SÃO PAULO – Em comunicado ao mercado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) neste domingo (3), a rede de restaurantes Madero negou especulações de que a empresa esteja avaliando um potencial pedido de recuperação judicial. A informação havia sido veiculada pelo jornal “O Globo”, na coluna do jornalista Lauro Jardim. A Madero afirma que a notícia é “absolutamente infundada” e que a empresa cumpre com seu plano de expansão.
“O Grupo Madero possui mais de sete mil colaboradoras e esclarece que está operando normalmente os 250 restaurantes da rede, sob as marcas Madero, Jeronimo, Durski e Ecoparada Madero, cumprindo seu plano de expansão e totalmente em dia com suas obrigações contratuais e financeiras”, diz o texto da nota.
No mês passado, a Madero entrou com pedido de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) na CVM, mas a estreia na Bolsa ainda não tem data definida.
“Ainda, a companhia se reserva o direito de questionar judicialmente qualquer declaração ou nota infundada e inverídica sobre suas operações”, afirma o comunicado ao mercado.
A empresa pretende utilizar metade dos recursos captados com o IPO para diminuir o endividamento, que cresceu 40% só este ano. A dívida bruta da rede de restaurantes passou de R$ 705 milhões, em dezembro passado, para R$ 989,6 milhões, no encerramento de junho. Em relação a dezembro de 2019, o passivo quase triplicou. O Madero fechou junho com R$ 1,8 bilhão em obrigações, incluindo a dívida bruta, arrendamentos, despesas com impostos e previdência – conta que subiu 17,3% ante dezembro.
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Apesar do aumento da dívida, o Madero informa que chegou a um acordo com os bancos credores. Em 30 de junho, a empresa conseguiu obter o waiver (consentimento) para todas as suas obrigações previstas e que poderiam não ser cumpridas nos contratos de empréstimos e financiamentos.
Entre junho e julho, em nova rodada de negociações com os credores, o Madero conseguiu uniformizar os acordos com os bancos, segundo o prospecto preliminar.
Dos recursos captados no IPO, que pode superar R$ 2 bilhões, de acordo com fontes, o Madero pretende utilizar 50% para investir na expansão de restaurantes e 50% para saldar contratos financeiros, conforme o prospecto.
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Na parte de expansão, a rede informa que tem potencial para abrir 400 unidades nos próximos dez anos, incluindo as bandeiras Madero e Jerônimo.
Além da oferta primária, com recursos indo para a empresa, haverá uma venda secundária de ações dos sócios, incluindo o empresário Junior Durski, que tem 65% da empresa.
O fundo Madrid, da gestora americana Carlyle, que detém 27%, também venderá uma fatia. O fundo investiu R$ 700 milhões na rede em 2017.
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(com informações do Estadão Conteúdo)
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