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BUENOS AIRES (Reuters) – O presidente da Argentina, Mauricio Macri, conquistou nesta quarta-feira o apoio da Câmara dos Deputados para um acordo com credores, deixando a Argentina a um voto no Senado para encerrar uma disputa de 14 anos com seus credores.
Os deputados aprovaram por 165 a 86 o acordo após um debate televisionado de 20 horas.
Macri, que precisa encerrar a disputa para que o país possa acessar os mercados de crédito globais e atrair investidores, alertou que a Argentina encararia o retorno da hiperinflação ou cortes agressivos de custos se a Câmara tivesse derrubado o acordo.
Parlamentares leais à ex-presidente de esquerda Cristina Kirchner argumentaram que Macri está se vendendo aos investidores de Wall Street ao oferecer o pagamento de 70 a 75 centavos por dólar.
O ex-ministro da Economia Axel Kicillof criticou a proposta de financiar o acordo intermediado em Nova York com uma emissão planejada de 11,68 bilhões de dólares, dizendo que isso vai aumentar a dívida do governo.
“Não estamos aumentando a dívida. Estamos reduzindo-a”, disse o parlamentar da coalizão de Macri Mario Negri minutos antes da votação, se referindo à baixa contábil da dívida acordada com os investidores.
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Entre os acordos negociados em Nova York, está o pagamento em dinheiro de 4,65 bilhões de dólares aos principais credores, incluindo o bilionário Paul Singer da Elliott Management. O país tem até o dia 14 de abril para fazer o pagamento.
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