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SÃO PAULO (Reuters) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa pela Presidência da República na eleição deste ano e tem agora 17 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, mostrou pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira.
De acordo com o levantamento, Lula tem 46% da preferência do eleitorado, contra 45% na pesquisa anterior realizada em abril, ao passo que Bolsonaro soma 29%, ante os 31% que tinha na pesquisa anterior.
Ciro Gomes (PDT) tem 7%, o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) soma 3%, mesmo percentual do deputado federal André Janones (Avante-MG). A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e Felipe D’Ávila (Novo) têm 1% cada.
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Pelos dados da pesquisa, Lula tem um percentual superior à soma dos demais adversários, embora a diferença esteja dentro da margem de erro. Se obtiver mais votos que a soma dos rivais no dia 2 de outubro, o petista se elege em primeiro turno.
No cenário mais provável de um eventual segundo turno apontado pela pesquisa, entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria por 54% a 34%. Na sondagem anterior, o placar favorável a Lula era de 55% a 34%.
Na avaliação de Felipe Nunes, diretor da Quaest, decisões recentes de Bolsonaro, como a graça presidencial, uma espécie de perdão, ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), e os novos ataques do presidente ao sistema eletrônico de votação, afastaram eleitores mais moderados de Bolsonaro.
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“A graça presidencial ao deputado Silveira engajou os setores radicais da campanha, mas afastou o eleitor moderado que vinha se aproximando do presidente”, disse, segundo comunicado.
“Como os eleitores de Bolsonaro e Lula já estão definidos, é a faixa dos Nem-Um-Nem-Outro que vai decidir a eleição. Entre esses eleitores, 54% reprovam a ação do presidente, contra 17% que aprovam”, disse Nunes.
De acordo com a pesquisa, 45% dos entrevistados entendem que Bolsonaro agiu errado ao perdoar Silveira, ao passo que 30% entendem que o presidente agiu de forma acertada.
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O levantamento também voltou a indagar sobre a confiança dos eleitores na urna eletrônica e 40% disseram confiar muito nelas –ante 41% da última vez que a pergunta foi feita em setembro. Ao mesmo tempo, 35% afirmaram confiar um pouco ou mais ou menos –contra 29% em setembro– e 22% afirmaram não confiar –ante 27%.
Ainda segundo o levantamento, 46% dos entrevistados têm avaliação negativa do governo Bolsonaro –ante 47% na pesquisa anterior–, 25% avaliam o governo positivamente –eram 26%– e 27% veem a gestão como regular –contra 25%.
O instituto Quaest entrevistou 2.000 pessoas pessoalmente entre os dias 5 e 8 de maio. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais. O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos.
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