SÃO PAULO — O lucro líquido ajustado da XP Inc. ficou em R$ 415 milhões no primeiro trimestre de 2020 — uma alta de 147% sobre o valor visto um ano antes, registrando uma leve queda de 1% em relação ao quarto trimestre de 2019.
Já o lucro líquido saltou 89% nos primeiros três meses do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 398 milhões. Sobre o trimestre anterior, a alta foi de 2%.
No balanço divulgado nesta terça-feira (12), Guilherme Benchimol, CEO da XP, citou a crise global provocada pelo coronavírus e disse que houve um “aumento significativo do interesse por investimentos” por causa disso.
“Nosso sólido desempenho operacional no primeiro trimestre de 2020, combinado com o importante marco de dois milhões de clientes ativos alcançados no final de março, nos dão confiança de que estamos seguindo na direção certa, mas ainda no começo de nossa jornada de longo prazo”, disse Benchimol.
“Nosso modelo de negócios, apoiado por uma rede diferenciada de instituições financeiras independentes e internas consultores, nos permite manter contato com os clientes e fornecer conteúdo e informações de maneira eficiente, maneira especializada e recorrente. Acreditamos que esse é um fator importante para preservar nosso NPS bem acima do média da indústria e aumentando o alcance e a fidelidade de nossas marcas”, completou.
O CEO da XP voltou a afirmar que acredita numa saída da XP ainda mais forte da crise gerada pela Covid-19, apesar de não ser possível saber quando voltaremos à “normalidade”. Ele citou que os bancos ainda possuem 90% dos investimentos no Brasil, ou seja, a companhia ainda tem um espaço enorme para conquistar no mercado.
A receita líquida da XP Inc. cresceu 86% na comparação anual, fechando o primeiro trimestre em R$ 1,735 bilhão. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi de 3%.
A margem líquida ajustada passou de 18% no primeiro trimestre de 2019 para 23,9% no mesmo período de 2020. Já no trimestre anterior, o percentual era de 24,6%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da XP teve aumento de 70% sobre um ano antes, para R$ 567 milhões. Sobre o trimestre anterior, caiu 5%.
Clientes e ativos sob custódia
O total de ativos sob custódia da XP atingiu R$ 366 bilhões em 31 de março de 2020, um aumento de 58% em relação ao ano anterior e uma redução de 11% em relação ao trimestre anterior.
A queda de R$ 43 bilhões em relação ao quarto trimestre de 2019 foi impulsionada, segundo a companhia, pela depreciação de R$ 58 bilhões do mercado e pela saída pontual de R$ 21 bilhões de clientes, desencadeada por uma reestruturação societária, o que foi parcialmente compensado por R$ 36 bilhões de entradas líquidas no trimestre.
Os clientes ativos totalizaram 2 milhões no final do primeiro trimestre de 2020, um aumento de 81% em relação ao 1,1 milhão no final do mesmo período do ano passado.
O crescimento, segundo a XP, foi impulsionado pela expansão dos canais diretos e B2B e de suas três marcas de varejo, particularmente a Clear, com o aumento do número de investidores individuais negociando na Bolsa.
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