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SÃO PAULO – Somados, os quatro maiores bancos do Brasil, lucraram R$ 21,5 bilhões no segundo trimestre de 2019.
Foi um crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, quando Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC3; BBDC4), Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander (SANB11) tiveram juntos um lucro de R$ 17,6 bilhões.
Apesar do aumento, as ações de Itaú e Bradesco, principalmente, sofreram na Bolsa logo depois da divulgação de seus resultados trimestrais.
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No caso do Bradesco, o lucro líquido recorrente foi de R$ 6,462 bilhões no segundo trimestre, valor 25,2% maior que o visto no mesmo período do ano passado, de R$ 5,161 bilhões.
Contudo, as taxas de cartões e gestão de ativos permaneceram sob pressão e o crescimento das despesas no primeiro semestre do ano ficou acima do guidance.
Mas a grande surpresa negativa ficou com o aumento das despesas pessoais em 6,4% na base trimestral, afetada pelo programa de remuneração variável e pelo aumento das reclamações trabalhistas. Enquanto isso, as despesas administrativas ficaram sob controle, com alta de 1,5% no trimestre.
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Já o Itaú teve o maior lucro recorrente do setor, atingindo R$ 7,034 bilhões entre abril e agosto. A cifra foi 10,2% maior que a vista no mesmo intervalo de 2018, de R$ 6,382 bilhões e ficando em linha com o consenso do mercado.
Em comentário de resultados, André Martins, da XP Research, destacou que o banco permanece atrás de seus pares privados em termos de crescimento de carteira e margem com clientes.
Com relação ao último ponto, o crescimento ficou abaixo do intervalo inferior das projeções do primeiro semestre de 2019 (realizado de 6,7% versus 9% esperado).
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Durante a teleconferência, o banco também destacou que vê sua carteira de crédito crescendo perto do piso das suas estimativas em 2019, em meio às revisões para baixo nas projeções para a expansão da economia brasileira.
Com relação ao BB, segundo o analista do Morgan Stanley, Jorge Kuri, os resultados operacionais vieram mais fracos do que o esperado (12% abaixo das estimativas do banco). Os números foram impactados pela mais baixa recuperação do crédito e aumento das provisões.
Do lado positivo, por outro lado, os empréstimos no varejo subiram 15% na comparação anual. “Empréstimos a pessoas físicas cresceram 2% em relação ao trimestre passado e 8% na comparação com o mesmo período do ano passado”, destaca.
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Já no caso do Santander, a equipe da XP Research afirmou que o banco teve “resultados sólidos, com o lucro líquido em linha com o esperado”. “Os segmentos de varejo seguiram impulsionando a expansão da margem financeira e das receitas de serviços, que cresceram acima das provisões nos últimos doze meses e confirmaram as tendências operacionais favoráveis”, destacam os analistas.
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