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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para os balanços de Vale, Ambev e Via Varejo, além de novidades sobre a privatização da Eletrobras. Veja mais destaques:
Vale (VALE3;VALE5)
Com impulso do preço do minério de ferro, a Vale atingiu um lucro líquido de US$ 2,23 bilhões no terceiro trimestre deste ano, quase quatro vezes maior do que o visto no mesmo período do ano anterior. No segundo trimestre deste ano o lucro havia sido de US$ 16 milhões. “O desempenho do terceiro trimestre mostra melhorias na realização de preço e nos resultados iniciais da abordagem de gerenciamento matricial de custos. Além disso, a rigorosa disciplina na alocação de capital terá impacto direto nos fluxos de caixa futuros”, destaca o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, no documento que acompanha o demonstrativo financeiro da mineradora. A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no intervalo de julho a setembro foi a US$ 4,192 bilhões, alta de 41% ante o mesmo período de 2016 e crescimento de 53,6% ante o visto entre abril e junho deste ano. A receita operacional líquida foi a US$ 9,05 bilhões no período analisado, expansão de 34,5% em relação ao observado no terceiro trimestre do ano passado e de 25% em relação ao visto no intervalo imediatamente anterior. O preço do minério de ferro praticado pela Vale no terceiro trimestre foi de US$ 67,2 a tonelada, ante um valor de US$ 50,95 tonelada na média de julho a setembro de 2016 e de US$ 51,35 a tonelada de abril a junho deste ano. “A Vale está focada na maximização de suas margens e, ao avançar os estoques para o exterior, está bem posicionada para gerenciar a produção e as vendas de minério de baixa e alta qualidade”, destaca no documento o diretor executivo de Minerais Ferrosos e de carvão da Vale, Peter Poppinga. No intervalo de julho a setembro deste ano, a Vale atingiu uma produção recorde de minério de ferro, com um volume de 95,111 milhões de toneladas, aumento de 3,3% em relação ao observado no mesmo período do ano passado. Ante o trimestre imediatamente anterior, a expansão foi de 3,6%. A dívida líquida da Vale no terceiro trimestre deste ano caiu 19% para US$ 21,066 bilhões. Em relação ao trimestre imediatamente anterior a queda foi de cerca e 5%. O diretor executivo de Finanças da Vale, Luciano Siani, comenta que a queda da dívida acelerará no último trimestre deste ano e deverá encerrar 2017 em um intervalo entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões. A Vale teve ganho financeiro de US$ 220 milhões no terceiro trimestre deste ano, ante uma perda de US$ 1,041 bilhão no mesmo intervalo do ano passado e ante uma perda de US$ 1,339 bilhão no segundo trimestre deste ano. Segundo o Bradesco BBI, o terceiro trimestre de 2017 foi mais fraco que o esperado, mais ainda há tendência ainda positivas na divisão de minério de ferro. Ambev (ABEV3)
A Ambev teve lucro líquido ajustado de R$ 3,236 bilhões no 3º trimestre de 2017, 1,2% superior ao registrado no mesmo período de 2016, de R$ 3,198 bilhões. O lucro líquido é o atribuído aos sócios da empresa controladora, base para a distribuição de dividendos. Já o lucro líquido atribuído aos controladores foi a R$ 223 mil, praticamente zerando os ganhos de R$ 3,06 bilhões obtidos no mesmo período de 2016, afetado principalmente por um ajuste tributário de R$ 2,97 bilhões por conta da adesão ao Refis. A receita da Ambev de julho a setembro totalizou R$ 11,36 bilhões, alta de 8,4%. Já o Ebitda subiu 13,8% no período, para R$ 4,55 bilhões. Santander Brasil (SANB11)
O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial, que não considera ágio de aquisições passadas, de R$ 2,586 bilhões (ou R$ 7.14 bilhões) no terceiro trimestre deste ano, montante 37,3% superior ao visto em igual intervalo do ano passado, de US$ 1,884 bilhão. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, quando ficou em R$ 2,335 bilhões, o desempenho da instituição espanhola no País foi 10,7% superior. No acumulado de janeiro a setembro, o lucro do banco foi de R$ 7,201 bilhões, crescimento de 34,6% em relação aos nove primeiros meses de 2016. O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, avaliou o desempenho do terceiro trimestre como “sólido e recorrente”, refletindo em uma trajetória de crescimento “orgânico e sustentável”. “Aceleramos a oferta de crédito e ampliamos o nosso market share nos principais segmentos sem abrir mão dos controles de riscos e de despesas”, avalia o executivo, em nota à imprensa. Ao final de setembro, a carteira de crédito ampliada do Santander tinha saldo de R$ 336,409 bilhões, cifra 3,5% maior que a vista ao término de junho, de R$ 324,944 bilhões. Em um ano, quando a cifra era de R$ 310,965 bilhões, o crescimento foi de 8,2%. O crescimento continuou sendo puxado pela pessoa física e o financiamento ao consumo, ambos com avanço superior a 15% em 12 meses, e de 5% e 5,9% no terceiro trimestre ante o segundo, respectivamente. Dentre os destaques estiveram o cartão de crédito e o consignado. Já a carteira da pessoa jurídica, conforme o banco, está próxima de um patamar de estabilização, com uma retomada no volume de contratações por pequenas e médias empresas, que sobe 2,2% em um ano e 1,2% no trimestre. Já entre as grandes empresas, foi vista queda de 4,5% em 12 meses e de 1,4% em três meses. Os ativos totais do Santander Brasil somavam R$ 676,768 bilhões no terceiro trimestre, montante 3,6% maior que o visto no trimestre anterior. Em um ano, a expansão foi de 2,4%. Já o seu patrimônio líquido atingiu R$ 61,564 bilhões no fim de setembro, permitindo um avanço de 3,3% na comparação com junho e de 4,9% ante os 12 meses anteriores. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do banco, ajustado pelo ágio, ficou em 17,1%, bem acima dos 15,8%, registrados no segundo trimestre. “Esse índice que se destaca, pois comprova que estamos no caminho certo”, acrescenta Rial. No conceito societário, que leva em conta ágio de aquisições feitas pelo banco, o lucro líquido do Santander Brasil no terceiro trimestre foi de R$ 1,795 bilhão, 4,5% menor que o visto no segundo trimestre, de R$ 1,879 bilhão. Em um ano, quando somou R$ 1,436 bilhão, foi vista alta de 25%. De acordo com o Itaú BBA, o banco registrou “outro conjunto de resultados sólidos”, com melhora dos resultados impulsionada principalmente por fortes margens (crédito e negociação). O Safra espera reação positiva já que o banco “continua apresentando números muitos fortes e consistentes”. Via Varejo (VVAR11)
A Via Varejo, empresa dona das redes varejistas Casas Bahia e Pontofrio, reportou lucro líquido de R$ 14 milhões no terceiro trimestre de 2017, revertendo prejuízo de R$ 217 milhões apurado no mesmo período do ano anterior. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a Via Varejo tem lucro de R$ 66 milhões ante prejuízo de R$ 763 milhões acumulado em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia de varejo de eletroeletrônicos atingiu R$ 346 milhões entre julho e setembro de 2017, crescimento de 407% na comparação com os R$ 68 milhões apurados nos mesmos meses do ano passado. Em nove meses, o Ebitda chega a R$ 1,056 bilhão, mais que o dobro do valor apurado no mesmo período de 2016. A Via Varejo teve receita líquida ajustada de R$ 6,109 bilhões no terceiro trimestre, expansão de 18,6% ante o mesmo trimestre de 2016. O resultado considera receita referente aos créditos da Lei do Bem no terceiro trimestre de 2016. No acumulado do ano até setembro, a receita chegou a R$ 18,248 bilhões, alta de 9,4%. A companhia ainda foi elevada para outperform pelo Credit Suisse. O Itaú BBA apontou que o resultado foi “ligeiramente mais forte do que a nossa estimativa otimista”; “Via Varejo continua a ser uma das nossas ações favoritas no varejo brasileiro, pois combina uma melhora muito sólida em termos operacionais com fontes potenciais relativamente claras de crescimento adicional no futuro e múltiplos de apoio que não são fáceis de encontrar no Brasil”; “acreditamos que os resultados do 3T17 são evidências de que estamos no lado certo desse call”. O Safra também apontou que o balanço foi “muito forte”, com receita e Ebitda foram ligeiramente melhores que o esperado: “em termos gerais, resultados foram sólidos, reforçando as perspectivas positivas com novos projetos, melhor cenário macro e retomada da expansão orgânica”. Klabin (KLBN11)
A Klabin teve lucro líquido de R$ 391 milhões de reais no terceiro trimestre, quase 13 vezes superior ao resultado positivo de R$ 31 milhões registrado em igual período do ano passado. O Ebitda ajustado foi de R$ 750 milhões no 3T17, o que representa 28% de crescimento em relação ao mesmo período de 2016. O volume vendido de celulose no trimestre foi de 353 mil toneladas, aumento de 5% em relação ao 2T17. OdontoPrev (ODPV3)
O lucro líquido da OdontoPrev alcançou R$ 65 milhões, alta de 47,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida consolidada cresceu 4,4%, atingindo R$ 360 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 81,39 milhões, alta de 26,4% na base de comparação anual. O Itaú BBA espera reação neutra a resultados “sólidos e em linha” após o recente desempenho positivo das ações; “acreditamos que esses resultados reforçam o sentimento positivo em torno da ação, mostrando uma melhora em linhas-chave, como DLR e PDA”. Já o Safra espera reação negativa “principalmente considerando o desempenho recente da ação”. Locamerica (LCAM3)
O lucro líquido da Locamerica atingiu R$ 20,1 milhões no trimestre, registrando um crescimento de 150,4% na comparação anual. Já a receita líquida de locação atingiu R$156,8 milhões, crescimento de 53,7% frente ao mesmo período do ano anterior. No trimestre o EBITDA e EBIT alcançaram R$107,2 milhões e R$66,9 milhões, crescimento de 70,2% e 73,9% na base de comparação anual, respectivamente. Tanto a margem EBITDA quanto EBIT também apresentaram crescimento, alcançando 68,4% e 42,7%, respectivamente. Lojas Marisa (AMAR3)
A varejista de moda Marisa Lojas registrou prejuízo líquido de R$ 50,4 milhões no terceiro trimestre de 2017, uma perda 8,7% mais elevada que a apurada no mesmo período do ano anterior. No acumulado dos primeiros nove meses de 2017, o prejuízo da Marisa é de R$ 60,1 milhões, montante 26,7% inferior ao do mesmo período de 2016. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da varejista atingiu R$ 34,1 milhões entre julho e setembro de 2017, um crescimento de mais de 4 vezes na comparação com os R$ 7,1 milhões apurados nos mesmos meses do ano passado. No semestre, o Ebitda da Marisa chegou a R$ 177,8 milhões, aumento de 49,3% na comparação anual. A receita líquida no terceiro trimestre foi de R$ 712,8 milhões, alta de 13,3% ante igual período do ano anterior. Em nove meses, a receita da Marisa chegou a R$ 2,040 bilhão, alta de 1%. Eletrobras (ELET6)
O governo deve dobrar a previsão de arrecadação com a privatização da Eletrobrás no Orçamento de 2017. A estimativa de R$ 7,7 bilhões que consta no projeto é considerada conservadora e deverá ser alterada para um valor mais próximo de R$ 15 bilhões, segundo apurou o ‘Broadcast/Estadão’. O valor é referente à parcela que o Tesouro Nacional vai receber da Eletrobrás pelo pagamento de bônus de outorga no processo de privatização da companhia, quando a energia das usinas da empresa, hoje entregue pelo custo, poderá ser vendida a preços de mercado. A privatização poderá render entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões, segundo estimativas da área econômica, mas esse benefício será dividido entre Tesouro, Eletrobrás e os consumidores de energia, por meio de abatimentos futuros na conta de luz. A mudança está em discussão entre os ministérios da Fazenda, Minas e Energia, Planejamento e a secretaria executiva do Programa de Parcerias de Investimento (PPI). Fernando Coelho Filho, que se licenciou do Ministério das Minas e Energia para reassumir seu mandato de deputado e votar a favor de Temer, disse ontem que a medida provisória irá à Casa Civil na semana que vem. “Estamos correndo para fechar.” Petrobras (PETR3;PETR4)
Diversas notícias são destaques para a Petrobras. O Conselho de Administração aprovou o pedido de adesão ao segmento especial de listagem Nível 2 da B3. a companhia informou o início da fase vinculante referente ao processo de venda de ativos no Paraguai e aprovou adesão à regularização de débitos não- tributários, permitindo a renegociacão de débitos junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A adesão possibilitará liquidação de processos judiciais no montante total de R$ 1 bilhão que, após as reduções, será quitado. Além disso o Conselho aprovou a reestruturação das áreas operacionais de Exploração e Produção, Refino e Gás Natural, iniciado em junho de 2016, e que reduziu os cargos gerencias em áreas administrativas da empresa em 40% ao longo deste ano. Com as mudanças, haverá uma redução aproximada de 11% no número de funções gerenciais, gerando uma economia estimada em R$ 35 milhões por ano, informou a Petrobras em um comunicado. “Com a implementação do projeto, ao longo de 2018, alguns empregados poderão ser transferidos de acordo com atribuições e processos das gerências relacionadas, de forma a atender às necessidades da companhia. Não haverá demissões em função da reestruturação das áreas operacionais”, garantiu a empresa, que havia anunciado na véspera que a partir da Reforma Trabalhista vai suspender os programas de demissões voluntárias e negociar as demissões diretamente com os trabalhadores. Lojas Renner (LREN3)
A Lojas Renner teve a recomendação rebaixada para ’neutra’ pelo Credit Suisse. Restoque (LLIS3)
A Restoque diz que considera realizar oferta pública de distribuição primária de ações para fortalecer estrutura de capital e “sobretudo maximizar a liquidez das ações ordinárias no mercado secundário”, segundo comunicado. A companhia “monitora, dentre outros fatores, as condições de mercado e, oportunamente, buscará a obtenção das aprovações necessárias para realizar a potencial oferta pública”. “Não há, nesta data, qualquer conclusão definitiva quanto à realização da oferta, bem como quanto à sua estrutura e volume”. Wiz (WIZS3)
Destaque para uma notícia que pode mexer com a Wiz, operadora da Caixa Seguradora. Segundo a coluna do Broad, do Estadão, a Bradesco Seguros foi excluída pela Caixa Econômica Federal do processo de disputa pelo seu balcão de seguros. O motivo foi a identificação de conflito de interesse, uma vez que a seguradora é ligada a seu respectivo banco. O mercado espera, ainda, que a BB Seguridade seja retirada do certame, a não ser que o fato de também ter controle estatal pese mais que sua ligação direta com o Banco do Brasil. Até aqui, a candidata segue no processo. Além disso, o próprio BB e o Credit Suisse assessoram do leilão. (Com Agência Estado e Bloomberg)
A venda de produtos convertidos no 3T17 foi de 196 mil toneladas, 7% maior que o 3T16, resultado da estratégia de crescimento no segmento de conversão. Os crescimentos nas vendas de celulose e produtos convertidos impulsionaram a receita líquida de vendas, que totalizou R$ 2,225 bilhões no trimestre, 13% superior ao mesmo período do ano anterior.
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