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O grupo São Martinho (SMTO3) viu seu lucro líquido cair pela metade no terceiro trimestre de 2024 diante da decisão de reconhecer antecipadamente o precatório da Copersucar de 2023, devido por conta da saída da cooperativa. O resultado da companhia recuou 51% no período, para R$ 210,6 milhões.
“Em 31 de dezembro de 2023 a São Martinho tinha registrado no passivo de seu balanço patrimonial R$ 168,0 milhões de obrigações junto à Copersucar. Tendo em vista os termos negociados no processo de desligamento da Copersucar, manteremos registrado os passivos relacionados às contingências que se encontram sob discussão judicial”, disse a empresa em seu comunicado.
Já o resultado antes dos tributos sobre o lucro encolheu 9,2%, para R$ 703,8 milhões. Já a receita líquida da companhia ficaram tiveram um crescimento de 3,8% no trimestre, para R$ 1,59 bilhões
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A São Martinho viu seus resultados operacionais se deteriorarem no terceiro trimestre com a extensão do período de moagem até dezembro do ano passado. A empresa viu seus custos na operação de cana-de-açúcar aumentarem 7,2%, para R$ 618,4 milhões.
A companhia sentiu os efeitos da queda dos preços do etanol no mercado doméstico e também do menor volume comercializado do biocombustível. A receita com a venda de etanol na comparação trimestral recuou 10,9% no mercado interno, para R$ 475,8 milhões, e 54,4% no mercado externo, para R$ 145,6 milhões.
O desempenho só não foi pior porque a alta nas cotações do açúcar e o aumento dos volumes vendidos compensaram, em parte, as perdas. No mercado doméstico, a receita avançou 60,8%, para R$ 68,6 milhões. Já nas exportações, a receita cresceu 42,1%, para R$ 760,5 milhões.
Agora, a São Martinho tenta manter a estratégia de aproveitar os preços do açúcar para fixar os preços de venda. Até 31 de dezembro, aproximadamente 386 mil toneladas da safra 2023/24 já estavam comprometidas ao valor médio de R$ 2.608. Da safra 2024/25, cerca de 503 mil toneladas de açúcar estavam fixadas a R$ 2.694.