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A M.Dias Branco (MDIA3) encerrou o quarto trimestre de 2023 com um lucro líquido de R$ 341,9 milhões. O resultado é 22 vezes superior ao registrado no mesmo período do ano anterior e é atribuído, principalmente, à execução de projetos implementados na companhia ao longo dos últimos quatro anos.
A receita líquida da empresa se manteve praticamente estável, com leve crescimento de 0,2%, chegando a R$ 2,77 bilhões. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (Ebitda) cresceu 3,6 vezes, para R$ 442,4 milhões.
“A queda dos preços das commodities e os resultados financeiros foram muito importantes para o resultado, mas, muita coisa da execução que ainda não era possível ver em números começou a aparecer”, disse o diretor de novos negócios e relações com investidores, Fabio Cefaly.
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No acumulado de 12 meses, 2023 foi o melhor ano da história da M.Dias Branco. A companhia alcançou seu maior lucro, melhor Ebitda e maior receita líquida anual, com crescimento de 84,5%, 59,2% e 7%, respectivamente.
Apesar dos resultados positivos, a companhia viu sua participação de mercado diminuir em suas principais categorias de atuação. O repasse de preços aos produtos ao longo do ano permitiu que concorrentes roubassem espaço da empresa
Em biscoitos, a participação de mercado ao final do quarto trimestre havia recuado para 31,6% (-1,2 p.p.). Já nas massas, a queda foi mais intensa. A fatia da M.Dias na categoria caiu para 28,2% (-2,9 p.p.). No segmento de farinhas, a participação teve um leve recuo de meio ponto percentual, para 10,3% do mercado nacional.
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“Por sermos líderes, acabamos sendo os primeiros a fazer repasses de preços e isso acaba tendo impacto no share. Contudo, se olharmos a evolução trimestral percebemos que a tendência é de crescimento”, disse Cefaly.
Para 2024, a M.Dias se baseia em três grandes pilares para seguir crescendo. O primeiro está nas vendas cruzadas. Segundo Cefaly, a companhia que aproveitar os canais onde já tem presença com algumas marcas para poder ampliar o mix de produtos.
Além disso, novos produtos estão prontos para serem lançados “no curto prazo”, o que vai garantir o pilar de inovação. Além disso, a companhia reviu a estratégia para suas marcas de baixo preço, adequando o valor de venda aos custos de produção.
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“Começamos o ano com custos de commodities muito melhores do que em 2023. Não vamos ter o impacto da guerra entre Rússia e Ucrânia sobre as cotações do trigo e do óleo de palma, por exemplo”, disse Cefaly.