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A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido recorrente de R$ 14,7 bilhões em 2019, montante 20,6% maior que o registrado em 2018. O ano passado – primeiro da gestão de Pedro Guimarães, escolhido para capitanear a instituição no governo de Jair Bolsonaro – foi marcado por uma agenda de vendas de ativos e devolução de recursos aportados durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
O banco informou, em nota à imprensa, que levantou mais de R$ 15,5 bilhões em vendas de ativos em 2019 e a reestruturação de seu balcão de seguros garantiu R$ 9,5 bilhões. Afirmou ainda que pagou R$ 11,4 bilhões em instrumentos híbridos de capital e dívida (IHCD) ao governo, por conta de recursos que foram aportados no passado.
No quarto trimestre, a Caixa reverteu um prejuízo de R$ 1,113 bilhão para um lucro líquido contábil de R$ 4,899 bilhões.
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A Caixa encerrou o quarto trimestre com R$ 693,7 bilhões em carteira de crédito, crescimento de 1,5% frente ao terceiro, revertendo a trajetória de queda. No ano, porém, foi vista leve queda de 0,1%.
“Essa carteira reverteu o movimento de queda, influenciada principalmente pelos aumentos de 1,9% em habitação, de 2,4% em crédito consignado, de 2,4% em crédito direto ao consumidor, de 2,8% em saneamento e de 4,5% em rural”, diz a nota da Caixa.
Crédito imobiliário
O saldo da carteira de crédito imobiliário da Caixa teve expansão 4,6% no ano passado, totalizando R$ 465,094 bilhões frente a 2018. Só no quarto trimestre, a carteira de crédito imobiliário da Caixa cresceu 1,9%. Tanto no comparativo trimestral quanto no anual o motor para os empréstimos vieram das linhas que utilizam como fonte os recursos do FGTS, cuja gestão é monopólio do banco público.
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Em termos de novas contratações, é possível ter a dimensão da volta da Caixa para esse segmento. De outubro a dezembro, a cifra cresceu 35,4% ante um ano, totalizando R$ 29,5 bilhões. Enquanto as linhas com recursos da poupança mais que dobraram, as que se utilizam do FGTS cresceram 30,2%, na mesma base de comparação.
A carteira de crédito para a pessoa física da Caixa somava R$ 81,866 bilhões em dezembro do ano passado, estável em um ano e 0,5% maior frente aos três meses anteriores. As operações com pessoa jurídica somaram R$ 38,623 bilhões, com recuo de 30,2% e 3,9% nessas duas bases de comparação, respectivamente.
No ano passado, a Caixa mudou a estratégia que vinha adotando nos governos anteriores sob a ótica do crédito. Assim, deixou de emprestar para grandes grupo, voltando-se a pequenas e médias empresas, o que justifica o encolhimento do saldo de empréstimos dedicados à pessoa jurídica.
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O banco encerrou 2019 com 103,260 milhões de clientes, o que representou um acréscimo de 10,596 milhões em relação aos 92,7 milhões de clientes ao final de 2018. O número de agências ficou praticamente estável em 3.373 unidades, enquanto o de funcionários diminuiu em 1.915, para 94,446 mil em 2019.
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