Log CP (LOGG3) lucra 90% mais no 1º tri, a R$ 55,3 mi, e vê mercado com forte demanda

"O mercado de locação de imóveis logísticos está muito demandado", disse o presidente-executivo da Log, Sérgio Fischer

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A Log CP (LOGG3), que desenvolve, loca e administra galpões logísticos, quase dobrou seu lucro líquido do primeiro trimestre ante mesmo período do ano anterior, citando altos patamares de pré-locação e uma estabilização no baixo nível de vacância.

A companhia teve lucro líquido de 55,3 milhões de reais nos primeiros três meses deste ano, aumento de 90,1% frente à mesma etapa em 2023, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do período subiu 36,4%, para 74 milhões, informou a empresa nesta quarta-feira.

“O mercado de locação de imóveis logísticos está muito demandado”, disse o presidente-executivo da Log, Sérgio Fischer, à Reuters. O nível de pré-locação da Log era de 100% no fim de março, segundo o CEO, enquanto o nível de vacância (áreas livres para locação) mostrou estabilidade no período, em 0,91%.

“As duas variáveis (nível alto de pré-locação e vacância baixa estável), ajudam… O setor de condomínios logísticos classe A no Brasil hoje roda com uma vacância de 10%. A Log tem, nos últimos 5 anos, reportado vacâncias muito próximas de zero.”

A empresa prevê aumentar sua receita anual de locação em 20% a 25% este ano e nos próximos até 2028, disse Fischer.

A Log tem a meta de entregar 500 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL) em 2024, e cerca de 2 milhões de metros quadrados nos próximos quatro anos. Para 2024, a pré-locação desses ativos já é próxima de 50%, de acordo com o executivo.

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“À medida que a gente vai entregando, vai chegando próximo do final de cada obra, esse número tende a aumentar, que foi o que aconteceu no primeiro trimestre, com a entrega de 100% de pré-locação”, afirmou.

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Entre os fatores para o bom momento no setor, Fischer destaca uma taxa básica de juros em declínio e um aumento da renda do consumidor, estimulando o consumo e consequentemente a demanda por galpões logísticos no país.

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Nos últimos doze meses, a Log disse ter gerado mais de 1,7 bilhão de reais com sua estratégia de “reciclagem de ativos”, em que a empresa geralmente vende ativos existentes para liberar capital ou reinvesti-lo em novos projetos. Segundo a Log, essas vendas foram realizadas com margens “relevantes”.

Este mês, a empresa concluiu a venda de dois galpões, um em Minas Gerais e outro na Bahia, totalizando 509,7 milhões de reais e uma margem bruta de 40,9%.

“Esses resultados demonstram que, em 2024, a Log segue apresentando atratividade, liquidez e a forte demanda por seus ativos”, disse a companhia em comunicado.