LLX tem prejuízo de R$ 11,5 mi; BB Seguridade lucra R$ 472 mi: veja mais balanços

Setor imobiliário domina rodada de resultados desta sessão, com os números de Cyrela, EzTec, MRV e Tecnisa; Marfrig e Gol também soltaram seus balanços

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A LLX Logística (LLXL3) divulgou os números do primeiro trimestre de 2013, registrando um prejuizo líquido de R$ 11,48 milhões, uma alta de 25,77% em relação ao mesmo período do ano anterior, de R$ 9,128 milhões. De acordo com a companhia, o prejuízo reflete a fase pré-operacional e de investimentos.

Por sua vez, a receita operacional líquida da companhia totalizou R$ 14,177 milhões, ante R$ 17,113 milhões no mesmo período do ano anterior, uma queda de R$ 2,93 milhões, uma queda de 17%. A receita foi proveniente do aluguel de área dos seus clientes OSX Brasil (OSXB3), MPX Energia (MPXE3), Technip, NOV e Intermoor.

Já o resultado financeiro líquido consolidado totalizou R$ 3,2 milhões no primeiro trimestre de 2013. As despesas financeiras somaram R$ 10,2 milhões, compostas principalmente de despesas com pagamentos de juros relativos a empréstimos bancários de R$ 8,9 milhões.

Essa despesa foi compensada por receita financeira de R$ 13,4 milhões, referente a receitas com aplicações financeiras no montante de R$ 2,4 milhões e receitas de juros com mútuo no valor de R$ 10,9 milhões.

A companhia terminou o primeiro trimestre de 2013 com um saldo em caixa e equivalentes de R$ 274 milhões, uma queda de 43,26% na comparação com os R$ 482,9 milhões do mesmo período de 2012.

BB Seguridade lucra R$ 471,97 milhões
A BB Seguridade (BBSE3), subsidiária de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro de R$ 471,97 milhões no 1º trimestre, um crescimento de 53,5% sobre o mesmo período de 2012. 

Continua depois da publicidade

Em termos ajustados, o lucro da instituição encerrou o primeiro trimestre em R$ 454,9 milhões, crescimento de 5,3% na comparação anual.

Lucro da Kroton sobe 87,5%
A Kroton (KROT3) registrou aumento de 87,5% em seu lucro líquido na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, fechando os primeiros três meses de 2013 com ganhos de R$ 185,5 milhões. A receita líquida da companhia cresceu 46,7%, para R$ 499,7 milhões.

Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa foi de R$ 218,3 milhões, aumento de 72,9% na mesma base comparativa.

Continua depois da publicidade

A companhia anunciou ainda que a taxa de captação de novos alunos ultrapassou a faixa de 175 mil – juntando os cursos de gradução presencial e EAD (Ensino à Distância) -, o que mostra um crescimento de 33% em relação aos primeiros três meses de 2012.

Com isso, a base total de alunos supera a marca de 518 mil, aproximadamente 27% acima do que foi visto no final de 2012. Vale mencionar ainda que o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) atingiu no final de março 66,4 mil alunos da graduação presencial da Kroton, o que representa 44,4% do total de alunos neste segmento.

Tecnisa reverte prejuízo com lucro de R$ 42,4 milhões
A Tecnisa (TCSA3) registrou lucro de R$ 42,4 milhões no primeiro trimestre de 2013, ante prejuízo líquido de R$ 11,3 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita líquida da companhia aumentou 82,4%, com R$ 430,1 milhões no período.

Continua depois da publicidade

Segundo balanço da incorporadora, as vendas contratadas aumentaram 150% na comparação anual, com R$ 634 milhões no primeiro trimestre deste ano. O Ebitda ajustado da empresa somou R$ 121,6 milhões – aumento de 355,4% em relação aos três primeiros meses de 2012. Desconsiderando encargos financeiros, o Ebitda foi de R$ 90,1 milhões, ante resultado negativo de R$ 96 mil no primeiro trimestre do ano anterior.

Marfrig tem prejuízo de R$ 81,2 milhões
O balanço da Marfrig (MRFG3) apontou reversão no lucro de R$ 34,5 milhões obtidos no primeiro trimestre de 2012, para prejuízo de R$ 81,2 milhões no mesmo período deste ano. O Ebitda da empresa cresceu 19,6%, para R$ 491 milhões neste ano.

Na mesma base comparativa, a margem Ebitda caiu de 8,2% para 7,6% no primeiro trimestre de 2013.

Continua depois da publicidade

A companhia anunciou ainda que tem como meta para 2013 diminuir o endiviamento bruto em até R$ 2 bilhões. Vale destacar que o endividamento consolidado da empresa terminou março em R$ 12,997 bilhões, enquanto o endividamento líquido está em R$ 9,826 bilhões. O valor representa 4,4 vezes o Ebitda do período – no 1º trimestre de 2012, a relação dívida líquida por Ebitda ficou em 4,5 vezes.

Lucro líquido da Dasa cai 35,2%
A Dasa (DASA3) registrou queda de 35,2% em seu lucro líquido no primeiro trimestre de 2013, com R$ 23,6 milhões ante R$ 36,4 milhões obtidos no mesmo período de 2012. A receita líquida da companhia somou R$ 581,6 milhões no período – aumento de 4,5% em relação ao apresentado no primeiro trimestre do ano anterior.

O Ebitda da companhia caiu 19%, de R$ 122,3 milhões para R$ 99,1 milhões na mesma base comparativa. Já a margem Ebitda caiu 4,9 pontos percentuais, para 17% no primeiro trimestre de 2013.

Continua depois da publicidade

GP tem prejuízo de US$ 8,2 milhões
A GP Investments (GPIV3) fechou o primeiro trimestre do ano com prejuízo líquido de US$ 8,2 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 64,2 milhões obtido no mesmo período de 2012. Contudo, ela informa que excluindo o efeito único da despesa não caixa no valor de US$ 24,5 milhões, ela teve um lucro líquido de US$ 16,5 milhões no período.

Segundo o fundo de private equity, essa despesa não caixa foi incluída para “refletir a melhor estimativa da direção e de advogados externos quanto a processos potenciais ou reivindicações relacionados ao curso normal do nosso negócio, que completa 20 anos em 2013.”

Durante os primeiros três meses de 2013, a GP teve uma receita de US$ 11,1 milhões em taxas de administração e US$ 100 mil em taxas de performance. Somando isso ao resultado com a venda de participação na Estácio O impacto deve-se à valorização dos seus ativos em carteira, em especial à saída parcial do capital da Estácio (ESTC3) – que lhe rendeu um resultado de US$ 2,4 milhões – e à valorização de seu portfólio (+US$ 14,9 milhões), o fundo teve uma receita agregada de US$ 28,5 milhões entre janeiro e março.

Já as despesas passaram de US$ 10,3 milhões para US$ 10,9 milhões na comparação com o 1º quarto de 2012, sendo que US$ 4,7 milhões vieram de despesas administrativas e US$ 4,8 milhões vieram de salários pagos, informa a companhia em seu release de resultados.

BicBanco registra queda de 4,2% no lucro
O BicBanco (BICB4) divulgou seu balanço trimestral, reportando queda de 4,2% no lucro do primeiro trimestre de 2013, com R$ 39,4 milhões ante R$ 41,1 milhões registrados no mesmo período de 2012.

O índice de Basileia do banco registrou 16,7% – queda de 1,2 ponto percentual em relação aos 17,9% divulgados no primeiro trimestre do ano anterior.

Lucro líquido da Unicasa cai 55,4% no 1º trimestre
O balanço da Unicasa (UCAS3) registrou queda de 55,4% no primeiro trimestre de 2013, com R$ 6,2 milhões ante R$ 13,9 milhões obtidos no mesmo período de 2012. A receita líquida da companhia foi de R$ 54,9 milhões – queda de 16,9% e relação aos R$ 66,1 somados no primeiro trimestre de 2012.

Na mesma base comparativa, o Ebitda da empresa caiu 65,6%, de R$ 21,3 milhões para R$ 7,3 milhões. A margem Ebitda foi de 13,3% no período, marcando queda de 18,9 pontos percentuais em relação aos três primeiros meses de 2012.

Sofisa tem queda de 95,6% em seu lucro líquido
O Banco Sofisa (SFSA4) registrou lucro de R$ 600 mil no primeiro trimestre deste ano, com queda de 95,6% em relação aos R$ 12,6 milhões obtidos no mesmo período de 2012. Já as operações de crédito do banco somaram R$ 1,7 milhões – queda de 18,4% em relação aos R$ 2,1 milhões registrados no primeiro trimestre do ano anterior.

Lucro líquido da São Carlos sobe 105,4%
A São Carlos (SCAR3) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 41,9 milhões, 105,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. A receita bruta com locações foi de R$ 70,2 milhões, crescimento de 9% utilizando a mesma base de comparação, enquanto o Ebitda justado alcançou R$ 57,3 milhões, alta de 12,4%.

O destaque do trimestre ficou com a aquisição da Torre A do empreendimento EZTowers, localizado em São Paulo, por R$ 564 milhões, a maior compra da história da empresa. Também no período, a companhia vendeu os ativos Business Space Tower e Logistic Center, ambos na capital paulista, um negócio de R$ 70 milhões. “Mantemos a estratégia da empresa baseada na gestão ativa do nosso portfólio, realizando aquisições de imóveis altamente rentáveis e vendas de ativos maduros que atingiram o patamar máximo de valor”, explicou o diretor-presidente da São Carlos Empreendimentos, Felipe Góes.

Gol tem prejuízo de R$ 75,3 milhões
A Gol (GOLL4) registrou um prejuízo líquido de R$ 75,3 milhões no primeiro trimestre do ano, 81,8% superior ao resultado do ano passado, de prejuízo de R$ 41,4 milhões. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 106,9 milhões, forte alta de 360,7% frente ao prejuízo de R$ 23,2 milhões.

Já o lucro operacional de R$ 101 milhões, com alta de 1.293,2% na comparação com os R$ 7,3 milhões do mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida teve queda de 3,8% no período, somando R$ 2,082 bilhões.

Já o Ebitda registrou alta de 68%, somando R$ 212,1 milhões, ante R$ 126,2 milhões do mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda somou 10,2%, alta de 4,4 pontos percentuais na comparação com os três primeiros meses de 2012. 

A posição de caixa (que corresponde ao caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e caixa restrito de curto e longo prazo) da companhia representou 20% da receita líquida dos últimos 12 meses, ou R$ 1,6 bilhão.

Nesse sentido, em fevereiro de 2013, a Companhia precificou uma oferta de Notas Seniores no exterior no valor de US$200 milhões e, em abril de 2013, a Smiles S.A, empresa controlada da Companhia, anunciou um acordo de venda de milhas antecipadas para bancos em cerca de R$400 milhões.

MRV: lucro abaixo do esperado
A MRV Engenharia (MRVE3) teve um recuo de mais de 30% no lucro líquido no primeiro trimestre, resultado abaixo das expectativas do mercado e da própria companhia, que no entanto, vê melhora na rentabilidade a partir do final do ano.

O lucro líquido no período foi de R$ 79 milhões, queda de 32,1% sobre o resultado um ano antes. A média das estimativas obtidas pela Reuters apontava para um lucro de R$ 125,3 milhões.

“(…)Não estamos satisfeitos com os resultados entregues neste primeiro trimestre. Entendemos que este não é o nível de rentabilidade normalizado da companhia”, informou a empresa na noite desta segunda-feira.

Essa melhora deve ser percebida, a partir do final de 2013 e início de 2014, sobretudo por causa do longo ciclo do setor e das normas contábeis do setor, disse à Reuters o vice-presidente financeiro da MRV, Leonardo Corrêa.

“Tivemos uma receita um pouco menor em função de uma correção menor do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)., um volume um pouco menor de unidades construídas e um volume um pouco maior de distratos”, afirmou o executivo, mencionando um maior rigor da companhia na concessão dos financiamentos.

No primeiro trimestre foram distratadas 2.209 unidades (232,6 milhões de reais a valor de contrato), sendo 96 por cento causados por desenquadramento de renda. Distrato é cancelamento de contrato, geralmente por falta de aprovação de algum item.

Cyrela lucra R$ 179 milhões
A Cyrela (CYRE3) também divulgou seus números, com o lucro líquido da companhia totalizando R$ 179 milhões, representando um crescimento de 25,4% sobre os R$ 142 milhões registrados no quarto trimestre de 2012.

Já a receita líquida caiu 12,9%, somando R$ 1,258 bilhão, enquanto o Ebitda somou R$ 254 milhões, alta de 27,4%. Já a margem Ebitda teve alta de 6,4 pontos percentuais, para 20,2%.

“Hoje entendemos que precisamos exercer melhor controle sobre nossas operações, principalmente a engenharia, de forma a garantir nosso retorno. Entendemos também que o nosso cliente está cada vez mais exigente e disposto a esperar para adquirir o produto certo, nas condições financeiras que cabem no seu bolso […]. Sabemos que ainda não chegamos lá, mas com certeza caminhamos muito na direção que entendemos ser correta”, informou a Cyrela. 

EzTec: lucro líquido sobe 92,6%
A EzTec (EZTC3) registrou um lucro líquido de R$ 150,72 milhões no primeiro trimestre de 2013, uma alta de 92,6% na comparação com os R$ 78,26 do mesmo período do ano anterior. Já a receita líquida somou R$ 323,11 milhões, 113,5% maior do que os primeiros três meses de 2012.

Já o Ebitda atingiu R$ 150,3 milhões, com alta de 108,2%, registrando assim uma margem Ebitda de 46,5%, queda de 1,2 ponto percentual na comparação com o mesmo período do ano anterior.

As vendas contratadas da companhia, com participação EzTec, atingiram R$ 270 milhões. Considerando a venda da Torre A, as vendas atingiram R$ 771 milhões.  

Aliansce tem queda no lucro de 80,5%
A Aliansce (ALSC3) somou um lucro líquido de R$ 6,08 milhões, uma queda de 80,5% frente aos R$ 31,15 milhões do mesmo período do ano anterior. Por outro lado, a receita líquida atingiu R$ 103,58 milhões, alta de 46,2%.

O Ebitda ajustado registrou alta de 53,7%, para R$ 69,75 milhões, enquanto a margem Ebitda subiu 3,2 pontos percentuais, para 67,3%. 

As vendas nos shopping centers da Aliansce cresceram 23,9% no primeiro trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas nas mesmas lojas (SSS) apresentaram crescimento de dois dígitos pelo 13º trimestre consecutivo, 10,7% no trimestre.

Abril Educação tem lucro líquido de R$ 36,3 mi
A Abril Educação (ABRE11) registrou lucro líquido de R$ 36,3 milhões no primeiro trimestre, queda anual de 33%, informou a rede de ensino privado nesta segunda-feira.

Na comparação anual, a receita líquida caiu 10%, para R$ 224,9 milhões. O Ebitda ajustado caiu 23%, a R$ 85,1 milhões.

“Em virtude do início tardio das aulas em 2013, de medidas visando a melhoria do capital de giro da empresa e de alterações no tratamento contábil das receitas das escolas e cursos pH, o resultado do primeiro trimestre apresenta pouca comparabilidade com os apresentados no mesmo trimestre de 2012”, justificou a empresa em seu relatório de resultados.

“A maior parte destes efeitos temporais serão diluídos ou compensados ao longo do ano, tornando os resultados anuais mais comparáveis”, completou.

Magazine Luiza reverte prejuízo e tem lucro de R$ 800 mil
A Magazine Luiza (MGLU3) teve lucro líquido de R$ 800 mil no primeiro trimestre, ante um prejuízo de R$ 40,7 milhões um ano antes, informou a varejista nesta segunda-feira.

A receita líquida total foi de R$ 1,76 bilhão entre janeiro e março, um avanço anual de 6%. O Ebitda passou para R$ 62,7 milhões, um crescimento ano a ano de 175,4%. A margem Ebitda passou de 1,4% para 3,6%.

A Magazine Luiza reiterou sua estimativa de crescimento de vendas no conceito “mesmas lojas”(abertas há mais de um ano) de um dígito alto para as lojas físicas e entre 20% e 30% para o e-commerce este ano. A companhia planeja abrir entre 20 e 25 novas lojas em 2013.

IMC tem prejuízo de R$ 9,8 milhões
A IMC (IMCH3) teve prejuízo líquido de R$ 9,8 milhões no primeiro trimestre, revertendo o resultado positivo de R$ 1,3 milhão um ano antes, informou a companhia.

A receita líquida avançou 21,1% no período, para R$ 317,2 milhões, enquanto as despesas operacionais subiram 22%, para R$ 76 milhões. Já as despesas financeiras líquidas passaram de R$ 3,4 milhões para R$ 5 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 33,8 milhões, 16,3% maior. A empresa encerrou o período com 357 lojas, ante 286 um ano antes.

Tempo: queda de 80,9% no lucro
Já o lucro líquido da Tempo Participações (TEMP3) teve queda de 80,9%, para R$ 6,5 milhões, ante R$ 33,8 milhões do mesmo período de 2012. A receita líquida somou R$ 232,2 milhões, alta de 1,8%.

O Ebitda da companhia registrou queda de 28,3%, para R$ 12,7 milhões, enquanto a margem Ebitda totalizou 5,4%, queda de 2,3 pontos percentuais.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.