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O líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou, nesta sexta-feira (8), que o pacote fiscal de contenção de gastos a ser anunciado pelo Executivo não afetará o que chamou de “direitos adquiridos”,
O parlamentar citou como exemplo o programa Bolsa Família, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego.
Em entrevista à GloboNews, Randolfe afirmou, ao mesmo tempo, que é necessário corrigir eventuais “distorções” nesses programas.
O líder do governo também avaliou que não seria razoável realizar contingenciamento em gastos sociais sem realizar também bloqueios de emendas parlamentares ao Orçamento.
Randolfe disse, ainda, que o debate sobre o pacote com medidas fiscais deve avançar nesta sexta-feira, em reunião que Lula terá com ministros à tarde.
Reta final
Também têm participado das reuniões sobre o pacote fiscal os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social da Presidência).
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A definição final sobre as medidas que vão compor o pacote ainda não foi tomada e pode ocorrer nesta sexta. Lula marcou uma nova reunião, com início previsto para as 14 horas, e a expectativa é a de que o presidente finalmente “bata o martelo” sobre as medidas.
Mesmo assim, dificilmente o pacote de corte de gastos será anunciado nesta sexta porque Lula quer, primeiro, que as medidas sejam apresentadas aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A tendência é que o anúncio oficial fique para segunda-feira (11).
(Com Reuters)