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Na próxima quinta-feira (26), haverá o leilão da concessão da Rota dos Cristais, trecho de 594,8 km (quilômetros) da BR-040 entre Belo Horizonte, Minas Gerais, e Cristalina, em Goiás, com expectativas de que a CCR (CCRO3) estará entre as licitantes.
No geral, a XP Investimentos tem perspectivas positivas para o leilão. Segundo a instituição financeira, a estrutura sólida do projeto é impulsionada por redução do risco de demanda por se tratar de um leilão com praças de pedágio já implantadas e menor pressão no fluxo de caixa, pois a geração de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) começa no primeiro ano.
A casa também cita que os investimentos pesados começam a partir do 3º ano, mas com um perfil menos concentrado ao longo dos primeiros anos do projeto (59% do capex, ou investimento, comprometido implantado até o 7º ano).
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Nesse contexto, os analistas da casa enxergam espaço para retorno positivo e destacam um perfil de fluxo de caixa menos pressionado devido ao menor consumo de caixa nos primeiros anos.
Segundo reportagens, os potenciais concorrentes incluem, além da CCR: Vinci, 4UM/Opportunity (potencialmente em consórcio) e BTG. Embora espere que os players listados permaneçam seletivos no curto prazo, a corretora destaca que a CCR fez uma oferta no último trecho do leilão da Invepar em abril passado (outro trecho da BR-040, que se conecta a este ativo).
Já o Goldman Sachs comenta que o trecho contempla aproximadamente R$ 6,5 bilhões em investimentos com uma taxa interna de retorno (TIR) regulatória em termos reais de 9,21% (basicamente em linha com os recentes leilões federais que tiveram TIR em termos reais entre 9% e 10%).
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Sob as premissas do governo para tráfego, capex e opex, e considerando o custo de capital da CCR, o Goldman Sachs prevê um potencial de criação de valor de 1% para a empresa como percentual do valor de mercado.
Contudo, o Goldman Sachs reconhece que a concorrência por este ativo pode levar a retornos menores do que o sugerido por sua análise.
O banco mantém recomendação de venda para a CCR e preço-alvo de R$ 13,60, pois a empresa está sendo negociada com uma TIR real de 9%. Com isso, o Goldman Sachs vê espaço limitado para criação de valor por meio de novos projetos (devido à concorrência pelos ativos e ao tamanho atual do portfólio da CCR).
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