Publicidade
O leilão da Nova Raposo, projeto rodoviário que abrange trechos das rodovias Raposo Tavares e Castelo Branco, em São Paulo, está marcado para esta quinta-feira (28) e deve atrair forte concorrência entre grandes grupos do setor de infraestrutura, afirma a XP Investimentos. A concessão, com prazo de 30 anos e extensão de 92 km, prevê um investimento total de R$ 8 bilhões e um custo operacional estimado em R$ 5,9 bilhões.
Apesar de atrativa para investidores, os analistas da corretora observam que a Nova Raposo traz desafios como a concentração de 80% dos aportes nos primeiros sete anos.
Segundo a análise da XP Investimentos, a Nova Raposo se destaca por apresentar riscos reduzidos em áreas críticas, como demanda e capex. O histórico de tráfego na região e os mecanismos de compartilhamento de riscos ajudam a mitigar incertezas, e a maior parte dos custos de desapropriação será compartilhada com o governo, o que limita impactos negativos sobre o orçamento da concessionária.
Por outro lado, a concentração dos investimentos entre os anos 4 e 7 do contrato pode pressionar a alavancagem financeira das empresas vencedoras.
Entre os possíveis participantes do leilão estão nomes já conhecidos no setor, como CCR (CCRO3), Ecorodovias (ECOR3), Acciona (não listada na B3), EPR, Via Appia e Consladel. A CCR, atual administradora da ViaOeste, é apontada como uma das favoritas devido ao conhecimento histórico das rotas e às possíveis sinergias com concessões recentes, como a Rota Sorocabana e o Rodoanel.
Concessão estratégica para São Paulo
Além de representar uma oportunidade de investimentos bilionários, o projeto é visto como um passo importante para modernizar a infraestrutura rodoviária do estado de São Paulo. A expectativa é que a concessão promova melhorias na fluidez do tráfego, na segurança viária e na logística regional, contribuindo para o desenvolvimento econômico da região.
Continua depois da publicidade
Considerada estratégica para a conexão entre a Grande São Paulo e o interior paulista, a Nova Raposo é o segundo projeto licitado do que hoje corresponde à ViaOeste, administrada pela CCR. A concessão tem o objetivo de modernizar uma das principais rotas de transporte de passageiros e mercadorias do estado, com melhorias previstas na infraestrutura viária e na segurança.
Além do elevado aporte inicial, o projeto oferece retornos atrativos, com uma taxa interna de retorno (TIR) real não alavancada estimada em 9,41%.