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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quinta-feira (14) tem como destaque as prévias operacionais de diversas construtoras, como Cyrela, Cury, Even, Melnick e Moura Dubeux. Além disso, hoje acontece o leilão da Celg Transmissão, que deve contar com a participação de empresas da B3.
Já a Hapvida comunicou a aquisição, por meio da subsidiária Ultra Som Serviços Médicos, de 100% do capital social da empresa Viventi Hospital Asa Sul. Confira os destaques:
Leilão de transmissão
O leilão da Celg Transmissão será realizado nesta quinta-feira às 14h, na sede da B3, em São Paulo.
O ativo conta com 755 quilômetros de extensão de linhas de transmissão (a maior parte em Goiás), com contratos de concessão com prazo final entre 2043 e 2046. Ao todo, são 12 subestações próprias, que representam uma receita anual permitida (RAP) da ordem de R$ 216 milhões.
Na avaliação do Credit Suisse, Taesa (TAEE11), CPFL Energia (CPFE3) e EDP Energia (ENBR3) estão entre os potenciais licitantes, juntamente com a Energisa (ENGI11).
A casa de análise Levante vê ainda uma possível participação na disputa de Isa Cteep (TRPL4). Confira o que esperar para o leilão.
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Petrobras (PETR3;PETR4)
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira o texto principal de projeto que fixa o ICMS incidente sobre os combustíveis, uma proposta defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, mas que não conta com a simpatia de boa parte dos governadores.
O projeto foi enviado originalmente ao Congresso pelo governo de Bolsonaro, que credita a alta dos combustíveis aos governadores e ao ICMS cobrado pelos entes da Federação.
A proposta também recebeu o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
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Os governos estaduais afirmam, no entanto, que sofrerão perda de R$ 24 bilhões com o projeto que muda o cálculo do ICMS, e apontaram a política de preços praticada pela Petrobras como a verdadeira responsável pelos preços altos praticados no país.
O texto principal foi aprovado com 392 votos a favor e 71 contrários.
“Se aprovada, essa mudança resultaria em uma redução do preço na bomba de curto prazo, bem como reduziria a volatilidade nos preços da bomba. Vale ressaltar que o projeto de lei ainda precisa ser aprovado no Senado para surtir efeito. Em suma, vemos isso como uma boa notícia para o setor, em particular para a Petrobras, pois aborda o debate político sobre os preços dos combustíveis no Brasil, sem interferir nos preços de mercado nas refinarias”, aponta o Credit Suisse.
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Ainda no radar, a Petrobras informou ter recebido ofertas vinculantes de interessados na aquisição dos ativos de produção terrestres localizados na Bacia do Recôncavo e Tucano, no estado da Bahia, denominados conjuntamente de Polo Bahia Terra.
A estatal disse que “o consórcio formado pela Aguila Energia e Participações Ltda e pela Infra Construtora e serviços Ltda apresentou a melhor proposta, em valor superior a US$ 1,5 bilhão, com a Diretoria Executiva da companhia aprovado o início da fase de negociação”.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela registrou R$ 2,2 bilhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos no terceiro trimestre de 2021, alta de 33,2% ante o mesmo período de 2020. Segundo a prévia operacional da empresa, divulgada nesta quarta-feira, a companhia lançou 12 empreendimentos entre julho e setembro.
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Por outro lado, as vendas líquidas contratadas no terceiro trimestre somaram R$ 1,366 bilhão, valor 20,2% inferior ao registrado no mesmo intervalo do ano anterior e 12,5% abaixo do segundo trimestre de 2021.
O Credit Suisse diz que, apesar de lançamentos em linha com a sua expectativa, as vendas da Cyrela ficaram abaixo, levando a uma formação acima do esperado de estoques.
A forte concentração de lançamentos no final do trimestre pesou sobre a velocidade de vendas da empresa. O banco diz que os níveis de estoque não são uma preocupação, já que podem ser digeridos dentro de 4,5 trimestres no ritmo atual de vendas.
Apesar disso, o banco diz que as atenções devem se voltar à dinâmica entre vendas, lançamentos e níveis de preços. O banco diz que os dados operacionais da Cyrela apontam para uma acomodação do setor no prazo curto a médio, o que o Credit diz esperar que se normalize em níveis ainda saudáveis, à medida que os fundamentos da empresa estão em melhor forma do que a média histórica.
Assim, o banco não alterou suas expectativas para o desempenho financeiro da empresa no terceiro trimestre, com uma receita de R$ 1,2 bilhão e margem bruta de 36,5%, em linha com a expectativa. O banco mantém avaliação outperform e preço-alvo de R$ 28, frente à cotação de quarta de R$ 18,19.
Já a Levante aponta que, apesar dos bons números apresentados, o resultado apresentou uma retração das vendas contratadas, isso apesar da elevação do VGV. “Isso pode ser algo momentâneo, principalmente por parte dos lançamentos terem sido realizados no final do trimestre, porém é algo que devemos acompanhar de perto”, avalia a casa.
Cury (CURY3)
A Cury lançou seis empreendimentos no terceiro trimestre, com um VGV de R$ 720,2 milhões e alta de 81,5% em relação a igual período de 2020.
Even (EVEN3)
O VGV total da Even foi de R$ 767 milhões, com R$ 658 milhões direcionados à companhia, montante que superou em 5,7% igual período de 2020.
Houve queda de 42,3% nas vendas líquidas, que somaram R$ 277 milhões nos primeiros nove meses do ano.
O Credit Suisse tem uma avaliação entre neutra e levemente fraca. O banco tem uma visão positiva quanto à alta exposição ao público de renda mais alta, mas preocupação ascendente quanto ao desempenho de vendas.
O banco ressalta que todos os projetos da Even no trimestre são focados no setor de alta renda, que o banco diz ver como mais resiliente a um cenário de preços mais altos e taxas hipotecárias mais altas. Apesar do foco em renda mais alta, a empresa informou deterioração da velocidade das vendas, o que pode ser encarado como um sinal amarelo para o próximo trimestre. O banco mantém avaliação neutra para os papéis da empresa.
As vendas líquidas foram de R$ 277 milhões, queda de 42% na comparação anual e de 22% na trimestral, ficando 31% abaixo de suas estimativas. Os lançamentos foram de R$ 658 milhões, 6% abaixo do desempenho de um ano antes, 205% abaixo do trimestre anterior e 21% acima da estimativa do Credit.
Melnick (MELK3)
A Melnick anunciou o lançamento de dois empreendimentos no terceiro trimestre, com o VGV líquido de R$ 162,5 milhões, alta de 84,6% na base de comparação anual.
Moura Dubeux (MDNE3)
Os lançamentos imobiliários da Moura Dubeux subiram 52,1% no terceiro trimestre na comparação anual, para R$ 336,2 milhões em VGV líquido. As vendas contratadas subiram 23,4% e foram a R$ 343 milhões.
O Credit mantém uma visão positiva, e avalia que os dados divulgados reforçam sua capacidade de impulsionar as operações e sua dominância na região Nordeste. O volume de lançamentos dos últimos 12 meses já chegou a R$ 1,4 bilhão, e o de vendas, R$ 1,2 bilhão, ultrapassando suas vendas, indicando que a empresa já está a caminho de cumprir com suas metas para o ano. Assim, o banco mantém sua avaliação outperform.
Lavvi (LAVV3)
A Lavvi anunciou um dividendo de R$ 120 milhões (equivalente a um dividend yield de 9.6%). O pagamento ocorrerá em 27 de outubro de 2021 e as ações negociarão ex-dividendos a partir de 19 de outubro de 2021.
“Vemos o pagamento como positivo, pois acreditamos que o caixa robusto da Lavvi pode suportar essa distribuição sem comprometer a sua alavancagem ou perspectiva de crescimento. Dito isso, esperamos uma reação positiva para o papel e reiteramos a nossa visão positiva para a companhia”, aponta a XP.
EDP Brasil (ENBR3)
A EDP Brasil divulgou sua prévia operacional do terceiro trimestre de 2021. No segmento de distribuição, a empresa viu aumento de 4,2% no volume de energia distribuída entre julho e setembro sobre o mesmo período do ano passado, a 6,446 MWh, sendo alta de 3,8% na EDP São Paulo (3,927 MWh) e 5% na EDP Espírito Santo (2,518 Mhw).
No acumulado e janeiro a setembro, o volume de energia distribuída cresceu 8% ante igual período do ano anterior, com alta de 8,2% na EDP São Paulo e 7,9% na EDP Espírito Santo.
PetroReconcavo (RECV3)
A petroleira brasileira PetroReconcavo venceu chamada pública para o fornecimento de gás natural para a Companhia Paraibana de Gás (PBGás), distribuidora do insumo na Paraíba, a partir de janeiro de 2022, informou a companhia em nota nesta quarta-feira.
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O contrato, a ser celebrado na primeira semana de novembro, terá duração de dois anos, com fornecimento de 50 mil m3/dia de gás natural em 2022 e 150 mil m³/dia em 2023.
Log-in (LOGN3)
A operadora logística Log-In anunciou nesta quarta-feira a compra de dois navios porta-contêineres a serem construídos pelo estaleiro chinês Zhoushan Changhong e com entregas previstas para fim de 2023 e maio de 2024.
A companhia afirmou em fato relevante ao mercado que o valor de cada embarcação é de 42,6 milhões de dólares e que eles têm capacidade nominal de 3.158 TEUs, unidade equivalente a um contêiner de 20 pés.
Segundo a Log-In, a capacidade dos navios é cerca de 25% maior do que a do Log-In Polaris, a embarcação mais moderna da frota da companhia. “Porém, com performance similar de consumo de combustível por contar com tecnologia mais atual e eficiente”, afirmou a empresa no fato relevante.
Hapvida (HAPV3)
A Hapvida comunicou a aquisição, por meio da subsidiária Ultra Som Serviços Médicos, de 100% do capital social da empresa Viventi Hospital Asa Sul, em Brasília (DF), por R$ 22 milhões. Além do hospital, a Hapvida fechou acordo com o proprietário do imóvel onde está o Hospital Viventi.
B3 (B3SA3)
A B3 informou que se encontra em tratativas para adquirir 100% do capital social da Neoway Tecnologia Integrada Assessoria e Negócios, empresa de tecnologia especializada em big data analytics e inteligência artificial para negócios.
Neste contexto, a companhia informa, ainda, que, até o momento, os documentos definitivos da potencial operação não foram celebrados. A B3 reitera que a eventual assinatura dos contratos definitivos será objeto de Fato Relevante, nos termos da legislação e normas aplicáveis.
CBA (CBAV3)
O BBI manteve recomendação de compra para CBA e elevou o preço-alvo para R$ 21, com potencial de alta de 40%, uma vez que os fundamentos para o mercado de alumínio estão cada vez mais favoráveis, na visão dos analistas.
“Elevamos nosso preço estipulado de alumínio para 2022 de US$ 2.500 para US$ 2.800/tonelada (à vista: US$ 3.050), devido a um déficit maior do que o esperado devido a interrupções no fornecimento na China e em outras regiões. Os prêmios regionais também estão bem acima dos níveis médios, devido à sólida demanda, oferta restrita e gargalos de logística. O prêmio de Rotterdam (atualmente mais usado no Brasil) está em US$ 300/tonelada, contra a média histórica de US$ 115/tonelada. A demanda brasileira desacelerou na margem, mas os indicadores de embalagens, bens de capital e construção continuam saudáveis e acima dos níveis de 2019. As importações de alumínio caíram no Brasil (no 3T21, as importações primárias + downstream atingiram cerca de 185 mil toneladas, queda de 17% no trimestre) – uma oportunidade para a CBA e os players locais ganharem participação”, apontam os analistas.
Eles destacam ainda que os riscos de racionamento de energia no Brasil diminuíram significativamente. Mesmo que o cenário hidrológico de 2022 seja semelhante ao de 2021, a CBA seria capaz de manter a produção com seu saldo de energia elétrica não vendido, apontam.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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