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As ações das duas principais empresas brasileiras de papel e celulose – Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) – vêm com desempenhos negativos neste início de 2023 na Bolsa.
Do início do ano, até agora, as ações da Klabin registram desvalorização de 6,8%, enquanto em 12 meses recuam 17,2%. Cenário semelhante ocorre com Suzano: -12,2% em 2023 e -18,1% em 12 meses.
No pregão desta terça-feira (4), as ações da Klabin subiam 0,44%, cotadas a R$ 18,31. Já as da Suzano recuaram 0,9%, a R$ 42,35.
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Análise técnica Klabin e Suzano
Para a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, ambos papéis no curtíssimo prazo falharam na continuidade do movimento de baixa, já que não romperam fundos anteriores: KLBN11 em R$ 17,80 e SUZB3 em R$ 41,87.
“E é o primeiro sinal de uma possível reação compradora, se confirmado o rompimento de topos anteriores”, analisa ela, citando os topos de R$ 18,55 para KLBN11 e de R$ 44,00 para SUZB3.
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Klabin
Sobre a Klabin, Pam destaca que a tendência continua de alta no longo prazo, mas reforça que é um papel “com características de passar mais tempo em lateralização, do que em uma forte tendência [seja de baixa ou alta]”
“Como podemos ver [à esquerda no gráfico abaixo], a ação trabalhou no mesmo range de 2015 a 2020. E depois do topo de R$ 28,50, em 2021, segue com o mesmo comportamento de correção. Está trabalhando em um canal largo de baixa no médio prazo”, disse.
Suzano
No caso de Suzano, ela aponta que também tem tendência de alta no longo prazo e que “as correções geralmente são longas.”
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“Desde 2021, quando traçou o topo em R$ 75,00, vem fazendo topos e fundos descentes, também em um canal largo de baixa, mas ainda com características de correção”, analisou.
Confira os principais pontos de suporte e resistência das ações, com informações até 3 de abril:
- KLBN11: resistências: R$ 18,50/R$ 20,45; suportes: R$ 17,80/R$ 17,28.
- SUZB3: resistências: R$ 44,00/R$ 48,40/R$ 53,20; suportes: R$ 41,90/R$ 40,75.
Gráficos semanais de Klabin e Suzano (2014 a 2023)
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Klabin versus Suzano
Para o analista técnico da XP, Gilberto Coelho, o “ratio” entre as duas empresas mostra KLBN11 ganhando valor sobre SUZB3.
“KLBN11 vai apresentando divergência de alta no IFR e pode retomar tendência altista fechando acima dos R$ 18,57“, diz Coelho, apontando resistências em R$ 21,00 / R$ 21,14, e suporte no fundo mais recente, nos R$ 17,77.
Enquanto isso, destaca Coelho, SUZB3 está em tendência de baixa, mas apresenta divergência de alta no IFR, “o que pode levar ao teste das médias de 21 ou 200 dias, em movimento de pullback.”
“Acima dos R$ 44,00, há mais chance de reversão altista”, aponta ele, ressaltando as resistências em R$ 44,00 e em R$ 48,68. “Suporte em fundo bem recente em R$ 41,41, que se perdido favorecerá retomada baixista”, acrescenta Coelho.
Curto versus longo
Conforme Breno Ráo, analista técnico do PagBank, a configuração técnica de SUZB3 está mais atrativa para compras de curto prazo, enquanto a de KLBN11 está mais atrativa para compras de longo prazo.
“Ambos os ativos estão com seus preços em regiões de suporte, o que torna difícil lucrar com vendas (shorts) neste momento”, disse ele.
Análise técnica: longo prazo
SUZB3
Para Ráo, analisando o gráfico mensal [veja logo abaixo], as ações da Suzano estão em tendência de alta, com médias de 80 (laranja) e 200 (azul) períodos inclinadas para cima e saldo de volume (OBV) acompanhando o movimento.
A expectativa, portanto, analisa ele, é de que no longo prazo o preço volte para o topo deixado nos R$ 74,31. “Os topos e fundos ascendentes só seriam comprometidos caso o fundo nos R$ 21,00 fosse perdido (mínima da pandemia).”
Para tal, acrescenta ele, a linha de tendência de alta (LTA) e os suportes intermediários na zona dos R$ 42,00 e dos R$ 33,25 deverão, anteriormente, ser perdidos.
Gráfico mensal SUZB3: 2012 a 2023
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KLBN11
Em relação à Klabin, Ráo destaca que o ativo apresenta tendência de alta no longo prazo, com a média de 80 períodos (laranja) ascendente exercendo suporte no preço atualmente e o saldo de volume (OBV) acompanhando as altas.
Dessa forma, afirma ele, a expectativa é de que o preço eventualmente volte para o topo deixado nos R$ 28,54. “O gráfico [abaixo] também revela uma linha de tendência de alta (LTA) iniciada em 2014, a qual também já faz influência no preço”, acrescentou.
Além disso, Raó ressalta que a região dos R$ 18,00 tende a ser suporte, faixa de preço que, via conceito de bipolaridade, já foi resistência no passado.
“Tais fatores técnicos incentivam compras para longo prazo, com a configuração sugerindo que a retomada das altas pode estar próxima. A perda da faixa de suporte dos R$ 18,00 seria preocupante, com próximo suporte de longo prazo na faixa dos R$ 11,00 (mínima da pandemia)”, reforçou ele.
Gráfico mensal Klabin: 2014 a 2023
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Análise das ações no médio prazo
Suzano
Sob a ótica do gráfico semanal, o analista do PagBank destaca que as ações da Suzano apresentam sutil tendência de baixa, com topos e fundos descendentes, média de 80 períodos levemente inclinada para baixo e o saldo de volume OBV acompanhando as quedas.
“O preço respeita uma linha de tendência de baixa (LTB) iniciada em março de 2021. Via projeção de Fibonacci o alvo da onda de baixa de médio prazo fica na faixa dos R$ 38,00. Entretanto, há de se observar o suporte na zona dos R$ 42,00, bem como a LTB no caminho do alvo, dois fatores técnicos que podem incentivar fluxo de compras”, disse Raó.
Gráfico semanal da Suzano: 2020 a 2023
Klabin
Pela ótica semanal, analisa o especialista, é possível notar uma tendência de baixa, com a presença de uma LTB e médias levemente inclinadas para baixo.
No entanto, acrescenta ele, o OBV não acompanha as quedas, sendo nítida a faixa de suporte dos R$ 18,00, que se estende até cerca dos R$ 17,00, interrompendo as quedas nas últimas duas semanas.
Segundo ele, no gráfico semanal se nota suporte intermediário na região dos R$ 14,00.
Gráfico semanal da Klabin: 2020 a 2023
Análise técnica: curto prazo
SUZB3
Em relação à Suzano, no curto prazo, Raó pontua que há uma tendência de baixa, com médias e OBV descendentes e LTB. “Entretanto podemos ver o suporte da faixa dos R$ 42,00 influenciando o preço, com fluxo de compras em curso”, afirma.
Conforme ele, o Índice de Força Relativa (IFR), recentemente sobrevendido, também incentiva as compras, com potencial de configurar divergência de baixa em um futuro próximo.
“A mais recente ação do preço (price action) configura um rompimento falso, com fechamento abaixo dos R$ 42,00 e, logo no pregão seguinte, acima. E, também, via projeção de Fibonacci, notamos que a onda de baixa atual se estendeu em 100% da onda precedente”, explica.
Para ele, todos esses fatores incentivam compras para o ativo, apontando que o preço de SUZB3 pode subir no curto prazo, com alvo primário na região de R$ 44,50, onde pode haver resistência devido à bipolaridade.
Gráfico diário Suzano: julho/2022 a abril/2023
KLBN11
No gráfico diário [logo abaixo], sobre Klabin, ele diz que se observa o ativo tocando pela terceira vez, no prazo de um ano, a zona de suporte dos R$ 18,00 / R$ 17,00.
“Aqui se torna mais nítido ainda a influência do suporte no preço. Caso reação compradora no curto prazo, encontra-se resistência, via bipolaridade, na zona dos R$ 18,80“, analisa.
Por fim, ele reforça que a perda dos R$ 18,00 levaria o preço de encontro com o suporte dos R$ 17,00.
“A tendência de curto prazo é de baixa, mas a região incentiva compras tanto no gráfico diário, como nos prazos semanal e mensal”, acrescenta.
Gráfico diário Klabin: julho/2022 a abril/2023
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