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Os últimos dias têm sido de alta para as principais commodities, com analistas reiterando otimismo com ativos do setor.
Em diferentes relatórios, analistas do Bank of America destacaram as suas apostas para 2022 para papel e celulose e também para mineração e siderurgia.
Klabin (KLBN11) é tida como a principal escolha do BofA no setor de papel e celulose, ainda que tenha elevado a recomendação de Suzano (SUZB3) de neutra para compra. O preço-alvo para os ativos KLBN11 é R$ 34 e para SUZB3 é de R$ 78.
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O banco aponta que gosta mais da Klabin do que de outros players do setor devido à exposição a mercados de papel para embalagens apertados e à contribuição do projeto Puma II, que compensa a queda no preço da celulose.
De qualquer forma, avalia que as ações do setor estão em “um ponto de entrada atraente”. “A oferta abundante de celulose deve levar o rali atual a perder força no segundo trimestre de 2022 e os preços tendem a diminuir gradualmente no quarto, mas as ações já precificam em uma correção da curva de custo, o que fornece um ponto de entrada interessante.”
Já no cenário macroeconômico doméstico, os analistas avaliam que as incertezas eleitorais no Brasil e as preocupações fiscais dão espaço a uma queda do real, um fator que favorece exportadoras como Klabin e Suzano.
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Além disso, apontam que os embarques brasileiros de caixas de papelão ondulado fecharam 2021 com alta de 4% na base anual, ante comparação já complicada partindo da base alta do ano anterior. A expectativa é de que a demanda siga saudável neste ano com o e-commerce e demanda estável das indústrias de alimentos, higiene e farmacêutica.
“Também esperamos que os preços médios dos papéis para embalagens aumentem de 10 a 15% em 2022, mantendo as margens relativamente estáveis”, avaliam.
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BofA prefere siderúrgicas a mineradoras
Já em outro relatório, o banco destacou acreditar que a continuação da política da China de restringir a produção de aço bruto, juntamente com exportações de aço mais fracas, deve levar a um cenário mais favorável para siderúrgicas versus mineradoras.
Enquanto isso, a demanda doméstica de aço no Brasil, embora normalizada, permanece saudável (média mensal no segundo semestre de 2021 19% acima do segundo semestre de 2019).
Segundo o banco, as equações de paridade de importação permanecem dentro ou abaixo dos níveis normalizados, o que deve dar sustentabilidade aos atuais níveis de preços e até abrir as portas para altas em 2022.
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Ao mesmo tempo, o pacote de infraestrutura de US$ 1,2 trilhão dos EUA e a manutenção das tarifas da Seção 232 – tarifas sobre as importações de aço e alumínio – devem impulsionar a demanda por aço na América do Norte e preservar a alta lucratividade. Além disso, o mercado parece precificar uma correção de mais de 30% nos preços do aço no Brasil até 2022, o que parece exagerado na visão do BofA.
O BofA tem recomendação de compra para Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3). Os analistas do banco elevaram a recomendação da Gerdau de neutra para compra e o preço-alvo foi de R$ 38 para R$ 48, enquanto o preço-alvo da CSN subiu de R$ 37 para R$ 45.
Já a classificação para Vale (VALE3) é neutra, com preço-alvo de R$ 96. Para o ADR (na prática, os papéis negociados na bolsa dos EUA), o preço-alvo é de US$ 17.
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Segundo os analistas, embora a Vale ofereça retornos de caixa atraentes por meio de programas de recompra de ações e política de dividendos com um bom rendimento de proventos, as ações carregam uma alta correlação com os preços do minério, que veem caindo nos próximos dois anos.
“Vemos o minério de ferro caindo para US$ 91 a tonelada em 2022 e ficando entre US$ 75 e US$ 80 a tonelada em 2023 e 2024, enquanto hoje está em US$ 127. É improvável que a ação tenha um desempenho superior neste contexto”, avaliam.
Cabe ressaltar que, na última terça, o BBI destacou Usiminas (USIM5) e Gerdau como as preferidas do setor.
Outras commodities
Já na semana passada, o mesmo banco também traçou uma visão sobre empresas de petróleo e gás, além de distribuidoras. A recomendação para as ações de Ultrapar (UGPA3) foi cortada de compra para neutra.
O banco americano, por sua vez, manteve a recomendação de compra para ações de Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5).
Contudo, não incluiu o nome da Petrobras entre suas preferências no setor de petróleo e gás para a América Latina por ser exposta “a desafios de precificação em um ano com preços de petróleo potencialmente aquecidos”.
Já para o setor petroquímico, o banco destaca estar otimista com os nomes do setor, “embora um abrandamento esperado nas margens aumente o risco nos próximos 12 meses”. Esse é dos motivos de manter Braskem fora das principais escolhas do setor, ainda que o banco continue recomendando a compra.
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