Klabin (KLBN11) x Suzano (SUBZ3): quem se sairá melhor na safra de balanços do 2T24?

Aumento de preço na tonelada de celulose deve garantir fortes resultados para as duas principais companhias do setor

Camille Bocanegra

Foto: Klabin/Divulgação
Foto: Klabin/Divulgação

Publicidade

O clássico do setor papel e celulose se apresenta novamente. Na temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), quem será o destaque, Klabin (KBLN11) ou Suzano (SUBZ3)? Ao que tudo indica, ambas terão pontos positivos.

Tanto para a XP quanto para o Itaú BBA, as duas companhias se apresentam com expectativas positivas no trimestre, graças ao aumento de quase US$ 80 por tonelada nos preços da celulose. O preço subiu para cerca de US$ 700 a tonelada.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita 

Continua depois da publicidade

A análise do Research da XP pondera que, apesar disso, permanecem preocupações sobre uma possível correção de preços no terceiro trimestre desde ano.

Suzano

Para essa safra de resultados, a projeção do BBA para o segundo trimestre da Suzano é de números mais fortes, com alta no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de 27% na comparação trimestral. A companhia divulga seu resultado em 8 de agosto.

Leia mais:

Continua depois da publicidade

A XP reforça a expectativa nos resultados sólidos no 2T24, com Ebitda de R$ 6 bilhões, representando alta de 32% na comparação trimestral e 54% em relação ao ano anterior. Assim, o desempenho da receita deve refletir os preços mais altos da celulose.

Na projeção da corretora, a tonelada da celulose deve ficar em cerca de US$ 685, com alta trimestral de 11%. Além disso, a XP destaca os volumes ligeiramente superiores e os custos de caixa. Na frente de celulose, a corretora projeta Ebitda de US$ 5,3 bilhões (+35% na comparação trimestral). A contribuição da divisão de papel seria de US$ 0,8 bilhão de Ebitda, com alta de 25% na comparação com o 2T23.

Klabin

A Klabin divulgará seu balanço em 30 de julho, antes da abertura do mercado. A XP espera fortes resultados, com Ebitda em cerca de R$ 2 bilhões. O valor representa alta de 19% na comparação trimestral e 47% em relação ao ano anterior.

Continua depois da publicidade

Os bons resultados seriam impactados pelos números na divisão de celulose, com alta de 17% na comparação trimestral, e melhor desempenho em papel e embalagens. Isso porque a XP projeta alta nos volumes de venda nas divisões, com custos fixos na frente de celulose.

Acesse agora a planilha secreta para acompanhar a temporada de resultados do 2º trimestre

A projeção do Ebitda para celulose é de R$ 776 milhões, com margem de 49,5%. Já para os segmentos ex-celulose, a estimativa é de R$ 1.194 milhões e margem de 34,8%.

Continua depois da publicidade

O BBA estima crescimento de 21% no Ebitda da companhia no trimestre. A visão é que os resultados de celulose acompanham os maiores preços e volumes da divisão. Já a frente de papel e embalagem teria bons dados sustentados por volumes maiores e menores custos. Por isso, a projeção de crescimento é de 19% na comparação trimestral.