Klabin, CCR, Intelbras e Vivo divulgam balanços; como elas se saíram, segundo mercado

Companhias divulgaram resultados na noite da última segunda e na manhã de hoje

Felipe Moreira

Reprodução: Tung Nguyen por Pixabay
Reprodução: Tung Nguyen por Pixabay

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Algumas empresas listadas na Bolsa brasileira divulgaram seus resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24), incluindo Klabin (KLBN11), CCR (CCRO3), Intelbras (INTB3) e Vivo (VIVT3).

A empresa de papel e celulose Klabin reportou resultados sólidos no 2T24, na avaliação do Itaú BBA, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 2,1 bilhões, alta de 53% na base anual e 3% acima das estimativas. O Ebitda de celulose, por sua vez, aumentou para R$ 857 milhões, impulsionado por preços mais fortes, maiores volumes e menores custos.

Já o Morgan Stanley destaca que o forte fluxo de caixa das operações da Klabin e o Ebitda do 2T24 que superou suas expectativas com custos mais baixos.

O Itaú BBA e Morgan Stanley reitera recomendação equivalente à compra e preço-alvo de R$ 26 e R$ 27, nesta ordem.

Telefônica

O Bradesco BBI considera o resultado positivo, uma vez que a Vivo confirmou todas as tendências positivas da visão construtiva do banco. A receita e o Ebitda cresceram 7,4% e 7,3% na base anual superando a inflação em mais de 3 pontos percentuais (pps), e ficando aproximadamente 1% acima das expectativas do banco. Já a receita de serviços móveis (MSR) foi um destaque positivo, com expansão anual de 8,8%, 1% acima do esperado, reforçando a visão positiva sobre os fundamentos do mercado móvel no Brasil.

Para XP, a Vivo reportou resultados sólidos no 2º trimestre em termos de crescimento de receita, mas o lucro líquido ficou abaixo do esperado. A empresa registrou um forte crescimento de receita, com FTTH (fibra óptica para casa) e receitas de serviços móveis (MSR) crescendo +17,1% e +8,8%, respectivamente.

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Já o lucro líquido ficou 13% abaixo da expectativa do Goldman e 8% abaixo do consenso, principalmente devido a depreciação e amortização maiores do que o esperado, e uma taxa de imposto efetiva.

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No nível operacional, o Itaú BBA ressalta que a Vivo continuou a migrar clientes com sucesso para o segmento pós-pago, o que, juntamente com melhores preços, levou a um crescimento do ARPU (receita média por usuário) acima da inflação. “O ponto baixo do trimestre foi a perda da receita líquida, que é amplamente atribuível a uma taxa de imposto efetiva maior do que a antecipada”, diz o banco.

A XP, BBA e Goldman mantêm recomendação de compra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 64, R$ 60 e R$ 56,50.

CCR

A CCR divulgou seu balanço reportando um Ebitda ajustado de R$ 2,2 bilhões, em linha com as estimativas do Bradesco BBI e 4% abaixo do consenso. Os principais destaques do resultado foram o tráfego rodoviário pedagiado crescendo 4% em base anual, despesa operacional dos últimos doze meses como percentagem da receita líquida caindo 2 pp. para 40,5% e receitas complementares aumentando 19% no 2T24.

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A CCR reportou resultados positivos, na avaliação da XP, com Ebitda ajustado de R$ 2,2 bilhões. A corretora destaca o desempenho resiliente da receita bruta de rodovias pedagiadas, embora custos mais altos de terceiros tenham impedido o Ebitda ajustado de um crescimento mais forte, bem como forte desempenho dos aeroportos com demanda e tarifas positivas e desempenho neutro da mobilidade urbana.

O Goldman Sachs, por sua vez, disse que o Ebitda e o tráfego relatados pela CCR vieram em grande parte em linha com suas expectativas.

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O BBI mantém recomendação de compra e o preço-alvo de R$18,00. A XP Investimentos também reitera classificação de compra. Já o Goldman Sachs reitera recomendação neutra e preço-alvo de R$ 13,60.

Intelbras

A XP Investimentos classificou os resultados como mistos no 2T24. Do lado positivo, a empresa registrou crescimento de 22% receita líquida, com desempenho sólido em todos os segmentos.

No entanto, em relação à lucratividade, a Intelbras reportou contração de -300bps de margem bruta e 80bps da margem Ebitda na base anual, devido às menores margens nos segmentos de segurança e comunicação, impactadas negativamente pelos custos de logística e taxas de câmbio mais altas.

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O BBA pontua que a Intelbras registrou vendas fortes, mas margens foram pressionadas no 2T24.

A XP e BBA mantêm recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2024 de R$ 29 e R$ 28, respectivamente.