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SÃO PAULO – Após o feriado de Natal, que manteve a B3 fechada por dois dias, o mercado brasileiro reabre nesta quarta-feira (26) digerindo o movimento dos ADRs (American Depositary Receipt) das principais ações do país negociadas em Wall Street, além de um noticiário corporativo agitado.
No radar InfoMoney deste pregão, a Eletrobras planeja investir até R$ 30,2 bilhões entre 2019 e 2023 e o Grupo Pão de Açúcar (GPA) afirma que pretende vender suas ações da Via Varejo em Bolsa até o fim de 2019. Além disso, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região rejeitou novamente decisão que suspendia o acordo firmado entre Embraer e Boeing.
Confira os destaques corporativos desta manhã:
Embraer (EMBR3)
A Justiça Federal revogou, na madrugada do último sábado, a liminar que suspendia acordo entre Embraer e Boeing pela segunda vez. Em sua decisão, a desembargadora Therezinha Cazerta, presidente do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), disse que não cabe ao Judiciário decidir sobre o futuro da companhia brasileira.
“Estado-juiz não é detentor de ‘golden share’. À reserva de jurisdição incumbe a proteção de direitos, no sentido forte do termo, e não a definição dos rumos da maior sociedade empresária brasileira de aviação”, escreveu.
O acordo prevê a criação de uma joint venture da qual a Boeing terá 80% e Embraer ficará com os 20% restantes. A nova empresa é avaliada em US$ 5,26 bilhões. O negócio ainda precisa passar pelo crivo do governo, dos acionistas e das autoridades regulatórias.
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Via Varejo (VVAR3)
O Grupo Pão de Açúcar (PCAR4) vai se desfazer da participação que tem sobre a Via Varejo, dona das redes Casas Bahia e Ponto Frio. Conformou noticiou a empresa na última sexta-feira (21), caso não encontre comprador, venderá sua posição no mercado até o fim de 2019. Também foi anunciada mudança na presidência da Via Varejo — a quarta em cinco anos e meio. Agora, Peter Estermann, atual CEO do GPA, acumulará a função de comandante da companhia.
O GPA busca um comprador para o controle da Via Varejo há dois anos. Conforme noticia o jornal Valor Econômico, além da busca de um investidor estratégico para as 43,3% de ações da varejista, outro caminho estudado pelo grupo é se desfazer dos papéis em operações no mercado no ano que vem. O processo de saída começa nesta quinta-feira, quando serão vendidas em bolsa 50 milhões de ações, o que equivale a 3,86% do capital acionário da companhia.
A movimentação pode abrir a possibilidade de o herdeiro das Casas Bahia, Michael Klein, voltar a influenciar na gestão da empresa. Conforme noticiou a Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, embora Klein admita reservadamente seu interesse em voltar a influenciar na empresa, a família não deseja aumentar sua fatia no capital da Via Varejo, hoje em 25,53%, porque quer evitar a obrigação de ter que estender as mesmas condições de compra a minoritários.
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Eletrobras (ELET3)
A Eletrobras anunciou seu plano de negócio para o período entre 2019 e 2023 e projeta investir até R$ 30,2 bilhões, sendo R$ 16,98 bilhões em geração e R$ 9,55 bilhões em transmissão. Para o ano que vem, as expectativas são de que os investimentos cheguem a R$ 5,68 bilhões.
BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3)
O acordo de acionistas firmado entre a VDQ Holdings, controladora da Minerva Foods, e a BRF foi rescindido. Com isso, a BRF perde o contrato de fornecimento de carne bovina que tinha com a Minerva. A rescisão se deu em função de aumento de capital de cerca de R$ 1 bilhão da Minerva. Como a BRF decidiu não subscrever as novas ações da companhia, sua participação acionária caiu de 6,7% para 4,04%, o que faz com que o acordo, que exigia manutenção de participação mínima de 6%, perca a validade.
Petrobras (PETR3; PETR4)
Os preços do petróleo sobem levemente nesta sessão, com as expectativas sobre corte de produção da Opep. Às 8h45 (horário de Brasília), os barris tipo WTI subiam 1,58%, a US$ 43,20, após chegar a valer US$ 42,00 na última sessão. Já os barris tipo brent operavam em alta de 1,49%, a US$ 51,22, depois de chegarem a ser cotados abaixo de US$ 50.
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Na última segunda-feira (24), os ADRs da companhia recuaram 1,63%, a US$ 10,86, acompanhando o mau humor dos investidores em meio às tensões entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o Federal Reserve.
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Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB3)
O conselho de administração da Fibria destituiu da diretoria estatutária da empresa Marcelo Castelli e Guilherme Cavalcanti, diretor-presidente e diretor financeiro, respectivamente, tendo em vista a previsão de consumação da operação de combinação de negócios com a Suzano.
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De acordo com o comunicado da empresa, a destituição dos diretores acontecerá de fato quando a fusão entre Fibria e Suzano se concretizar em 14 de janeiro de 2019. Além disso, o conselho também optou por encerrar as atividades e destituir todos os membros dos comitês de assessoramento, como o de finanças, de sustentabilidade, de pessoas e remuneração e de inovação.
Copel (CPLE6)
A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para operação em teste a Unidade Geradora 1 da Usina Hidrelétrica de Colíder da Copel. Além disso, a empresa informou que expirou o acordo de acionistas entre o Estado do Paraná e o BNDES Participações. O acordo, assinado em 22 de dezembro de 1998 com vigência de 20 anos, acabou neste último sábado (22).
Taesa (TAEE11)
A Taesa obteve licenças de instalação e operação para iniciar a construção das linhas de transmissão do empreendimento Mariana Transmissora de Energia Elétrica, da cidade de mesmo nome em Minas Gerais. A empresa espera a publicação da emissão em órgãos oficiais.
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Eletropaulo (ELPL3)
A Eletropaulo celebrou instrumento particular de mútuo financeiro de R$ 420 milhões com Enel Finance. O valor definido se destina ao reforço de capital de giro. A operação foi aprovada pelo conselho de administração da companhia.
Renova Energia (RNEW11)
A Renova Energia recebeu uma proposta vinculante de financiamento da Farallon para conclusão das obras e equacionamento financeiro do Complexo Eólico Alto Sertão III. A administração da empresa está avaliando a proposta recebida.
Banco do Brasil (BBAS3)
A companhia informou ao mercado que o diretor de suprimentos, infraestrutura e patrimônio Nilson Martiniano e o diretor de Gestão de pessoas José Caetano de Andrade Minchillo renunciaram aos seus respectivos cargos.
Ecorodovias (ECOR3)
O conselho de administração da Ecorodovias aprovou a 4ª emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões.
Proventos
Bradespar (BRAP4)
A diretoria da Bradespar propõe pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 217 milhões, montante equivalente a R$ 0,5855 por ação ordinária e R$ 0,6440 por ação preferencial.
EDP Energias do Brasil (ENBR3)
O conselho da EDP Energias do Brasil aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 439 milhões. Além disso, a empresa informou que a venda da EDP PCH e da Santa Fé Energia foi concluída. O valor por ação ordinária é de R$ 0,7241259.
Multiplan (MULT3)
O conselho fiscal da Multiplan aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio de R$ 70 milhões, o equivalente a R$ 0,11776 por ação.
Hering (HGTX3)
O conselho de administração da Hering aprovou a distribuição de juros sobre o capital próprio de R$ 39.995.663,24, equivalente a R$ 0,2478 por ação. O pagamento ao acionistas será realizado em 15 de janeiro de 2019, utilizando como base de cálculo a posição acionária de 3 de janeiro de 2019.
Unidas (LCAM3)
O conselho de administração da Unidas (ex-Locamerica) aprovou o pagamento de juro sobre o capital próprio de R$ 28.853.069,82, o que equivale a R$ 0,1966 por ação.
SulAmérica (SULA11)
O conselho de administração da SulAmérica aprovou o pagamento de juros sobre o capital próprio de R$ 160 milhões, o que equivale a R$ 0,4135 por unit.
Totvs (TOTS3)
O conselho da companhia aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 13.076.130,88, o que equivale a R$ 0,08 por ação..
(com Agência Estado)
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