Justiça aceita pedido de recuperação judicial da Odebrecht Engenharia e Construção

O plano de recuperação judicial da empresa deve ser apresentado em até 60 dias

Equipe InfoMoney

O ministro do STF	Dias Toffoli invalidou provas do acordo de leniência da Odebrecht no último dia 6 (Wikimedia Commons)
O ministro do STF Dias Toffoli invalidou provas do acordo de leniência da Odebrecht no último dia 6 (Wikimedia Commons)

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O pedido de recuperação judicial da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) foi aceito na tarde de hoje (27) pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. A decisão partiu do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho. Execuções, arrestos e penhoras contra a empresa do grupo Odebrecht pelos credores da RJ estarão suspensas pelo prazo de 180 dias. Cabe recurso da decisão.

O plano de recuperação judicial da empresa deve ser apresentado em até 60 dias. A OEC, que chegou a um acordo de recuperação extrajudicial de US$ 3 bilhões em 2019 com credores, nunca se recuperou totalmente da Lava Jato, que levou a um pedido de recuperação judicial da holding Odebrecht, agora chamada Novonor.

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A OEC disse em suas demonstrações financeiras do ano passado que está em dificuldades devido à redução dos gastos públicos em grandes projetos após a pandemia e à falta de crédito para infraestrutura.

A empresa também foi prejudicada pelas provisões que precisou fazer por causa da redução esperada no valor recuperável de pagamentos do governo da Venezuela e pela contabilização de títulos reestruturados pela Novonor Finance garantidos pela OEC.

A companhia tem US$ 46 milhões em bonds (títulos) vencendo em outubro, e está em negociações com o BTG Pactual (BPAC11) para um empréstimo, segundo pessoas a par do assunto ouvidas pela Bloomberg.

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O banco estaria negociando para fornecer um empréstimo ‘debtor-in-possession’ (DIP) após o início do processo de recuperação judicial, disseram as pessoas. O empréstimo seria de US$ 50 milhões a US$ 100 milhões, segundo as pessoas.

Representantes da OEC confirmaram o pedido de recuperação judicial, sem mais comentários. O BTG e os assessores financeiros e jurídicos não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

(com Bloomberg)