Julius Baer vê queda em Wall Street como pontual e defende exposição seletiva

Recente volatilidade é uma correção intermediária em uma tendência de alta secular

Felipe Moreira

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A derrocada do mercado de ações dos Estados Unidos na última terça-feira (3), impulsionada por dados econômicos fracos e fatores sazonais, não assustou os analistas do banco suíço Julius Baer, que continuam a ver a recente volatilidade como uma correção intermediária em uma tendência de alta secular.

O S&P 500 caiu 2,1% e o Nasdaq, com foco em tecnologia, despencou 3,3%, puxados por uma grande venda da principal ação de semicondutores do mundo, Nvidia, mas a fraqueza se estendeu a outros setores cíclicos após um relatório de manufatura ISM decepcionante.

Segundo o Julius Baer, o componente de novos pedidos foi particularmente preocupante, chegando a um baixo 44,6, amplificando as preocupações sobre uma possível desaceleração mais profunda na economia dos EUA.

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Além disso, os analistas do banco apontam que fatores sazonais também pesaram sobre o mercado, pois setembro tem historicamente sido o mês mais fraco para o desempenho das ações, com uma média de retorno de -2,3% na última década.

Embora, em comparação com a situação no início de agosto, muito do posicionamento excessivo tenha sido desfeito, ainda analistas antecipam pontos de entrada mais favoráveis nas próximas semanas.

Fundamentalmente, os analistas do banco interpretam a recente volatilidade como parte de uma correção intermediária no contexto de uma tendência de alta mais ampla no atual mercado “bullish” (ou altista).

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Apesar da recente queda nos dados econômicos, os indicadores em tempo real da economia dos EUA permanecem robustos, e as empresas americanas atenderam amplamente às expectativas durante a temporada de resultados do segundo trimestre, mesmo em meio a previsões ambiciosas.

Economistas da gestora continuam atribuindo apenas uma probabilidade de 25% de uma recessão nos EUA nos próximos 12 meses. Diante disso, “embora os dados econômicos recentes tenham adiado o apelo por uma abordagem seletiva em relação aos cíclicos, eles não a invalidaram”, diz relatório.

Diante disso, o Julius segue defendendo a exposição seletiva aos cíclicos, com ênfase particular nos industriais e nas empresas de média capitalização de qualidade. No entanto, os investidores de longo prazo devem manter suas posições em ações de crescimento de grande capital dos EUA, que provavelmente continuarão liderando o mercado altista.

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Todos os olhos estão agora voltados para o próximo relatório de folha de pagamento (payroll) dos EUA na sexta-feira, que é esperado ser o próximo grande catalisador para os mercados de ações.

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